Trio é condenado por tráfico de drogas em Brusque
Prisões dos traficantes ocorreu em abril e maio deste ano, durante operação policial
Adolfo Steffen Neto, Edite Nunes e Sidnei Felício foram condenados durante julgamento, na segunda-feira, 12, por tráfico de drogas. Steffen Neto, conhecido como Adolfinho, e chefe do esquema criminoso, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão em regime fechado; Edite e Felício cumprirão a pena também em regime fechado, por oito anos e dez meses cada um.
Os criminosos haviam sido presos em abril e maio, durante operações policiais da Divisão de Investigações Criminais (DIC) e Polícia Militar. Edite e Felício foram presos na rua João Frederico Steffen, no bairro Steffen. Já Adolfinho foi preso alguns dias depois, no bairro Guarani.
As investigações contra o trio iniciou após diversas denúncias sobre a comercialização de drogas no endereço do Steffen. Durante a apuração dos fatos, ficou confirmada que a casa era de propriedade do pai de Adolfinho, Vilmar Steffen, e que o local era utilizado especialmente para o tráfico.
Adolfinho gerenciava o ponto de venda, comprava as drogas e as entregava sob os cuidados de Edite e Felício. Já os dois estocavam, preparavam, embalavam e as distribuíam entre os usuários. O chefe do esquema apenas passava no local vez ou outra para saber como estavam as vendas, sendo que sempre ia na parte da manhã apanhar o valor arrecadado com as vendas de drogas.
A comercialização era feita na própria residência e também pelo sistema disque-entrega. Na casa, os usuários chegavam e pela porta ou janela faziam o pedido, recebiam o entorpecente, pagavam e saiam sorrateiramente. Pelo disque-entrega, os distribuidores e até mesmo o próprio Adolfinho recebiam mensagens ou ligações telefônicas dos usuários e um dos subordinados ia aos encontros com as encomendas.
No dia da operação policial na casa utilizada para ponto de drogas, Edite e Felício tentaram se desfazer das drogas e jogaram dentro do vaso sanitário. Na casa apenas uma pequena quantidade de drogas, sendo crack e maconha, foram encontradas, junto com uma quantia de dinheiro e um aparelho celular.
Dono da casa é absolvido
O proprietário da casa, Vilmar Steffen, pai de Adolfinho também foi denunciado como integrante do esquema criminoso. Porém, durante o julgamento, ele foi absolvido.
Conforme a denúncia, o pai de Adolfinho sabia que a sua casa estava sendo utilizada para o tráfico de drogas. Inclusive, o homem consentiu para que a comercialização acontecesse no local.
Steffen já havia sido denunciado outras vezes por ceder a mesma casa para terceiros e para o filho para o tráfico de drogas. Ele ainda vivia do aluguel que recebia, justamente, do comércio de drogas no local.