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TSE cassa mandatos do prefeito e vice de São João Batista

Daniel Netto Cândido e Élio Peixer foram condenados por fraude eleitoral

Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram, por unanimidade, na noite desta terça-feira, 2, cassar o mandato do prefeito de São João Batista, Daniel Netto Cândido (PSD) e de seu vice, Élio Peixer (PMDB) por fraude eleitoral. Além de serem afastados do cargo, os dois também ficam inelegíveis por oito anos.

Diferentemente do que ocorreu em Brusque, ainda não se sabe quem assumirá a prefeitura do município, já que o presidente da Câmara de Vereadores, Carlos Francisco da Silva (PP) é pré-candidato na eleição de outubro, assim como os demais vereadores.

O caso está na justiça desde 2013, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o diploma de Cândido e seu vice. Por meio de recurso, a decisão foi suspensa e encaminhada ao TSE, onde permaneceu tramitando até esta terça-feira.

A decisão de afastar o prefeito e o vice da cidade vizinha está relacionada com a acusação de compra de votos na eleição de 2012. Segundo a denúncia, poucos dias antes das eleições municipais de 2012, alunos do último ano do 2º grau da Escola São João Batista foram procurados por três candidatos da coligação de Cândido – Laudir Kammer, o Alemão, Vera Lúcia Peixer e Joel Ricardo – para que vendessem seus votos em troca de auxílio financeiro que iria custear a viagem de formatura da turma.

Como garantia de que os alunos estariam aptos ao voto, os candidatos pediram em troca dos valores que eles entregassem cópias de seus títulos eleitorais. Conversas entre os alunos no Facebook foram utilizadas como provas. Em 2013, os magistrados do TRE-SC consideraram que houve a compra de votos.
Até dois dias antes da eleição de 2012, Cândido era candidato a vice-prefeito na chapa majoritária, na qual Laudir Kammer era o candidato a prefeito. Com a renúncia desse último, por ter o registro de candidatura indeferido, a dois dias da eleição, Daniel assumiu a candidatura principal, com Élio Peixer como vice. Embora a compra de votos tenha sido feita por Laudir Kammer, a maioria entendeu que o crime corrompeu também a candidatura de Daniel.

O Município Dia a Dia entrou em contato com Cândido, no entanto, ele não foi localizado para comentar o assunto. Na sexta-feira, 29, o nome de Daniel Cândido foi aprovado em convenção partidária para concorrer à reeleição, no mês de outubro.