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Tudo acaba em pizza

Com muitos sabores e opções, prato é sucesso no rodízio, à la carte e pelo tele-entrega

Um dos alimentos mais consumidos no mundo também tem um lugar especial no coração e na mesa dos brusquenses. Seja como prato principal de festas, reuniões de amigos ou simplesmente o jantar quando não está a fim de cozinhar, a pizza é a primeira opção para a maioria das pessoas.

Pesquisa realizada pela Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo (Apuesp), aponta que diariamente, são consumidas mais de 1 milhão de pizzas no Brasil. Em Brusque, o mercado também é bastante aquecido.

Em 2009, o setor de Tributação da prefeitura contabilizava 11 estabelecimentos exclusivos para a venda do alimento criado na Itália. De lá para cá, o número de pizzarias cresceu significativamente, e hoje passam de 20 os locais onde é possível comer uma boa pizza.

O perfil do consumidor brusquense foi mudando ao longo dos anos. Há 20 anos, por exemplo, os rodízios eram a maneira preferida dos moradores da cidade degustarem o prato.

O proprietário da Jhonny Chico’s Pizzaria, Julio Cezar de Carli, lembra que quando abriu o seu estabelecimento em Brusque, há 19 anos, sentiu muita dificuldade pelo fato de não trabalhar com o formato de rodízio.

Ele veio de Fraiburgo, no Meio Oeste do estado, onde iniciou a Jhonny Chico’s em 1987.

Pizzaria D’Itália vende cerca de duas mil pizzas por mês em Brusque | Foto: Bárbara Sales

Como lá não havia a cultura do rodízio, quando decidiu empreender em Brusque, teve um choque de realidade. “Sempre trabalhei com à la carte e, no começo, o pessoal chegava aqui na pizzaria, perguntava se era rodízio e ia embora. Lembro que demorei uns seis meses para começar a vender pizza em Brusque”.

Hoje, de acordo com ele, o perfil é outro. As pizzarias que oferecem rodízio já diminuíram e o brusquense prefere saborear a pizza com mais tranquilidade. Na Jhonny Chico’s são consumidas uma média de 1,8 mil pizzas por mês.

“Se a pessoa quer comer uma pizza bem elaborada, tem que ser no à la carte. No rodízio, ninguém consegue servir uma pizza bem montada, devido à rapidez que tem que sair”, opina Carli.

O empresário lembra que, em 1999, quando iniciou o seu negócio na cidade, existiam somente três pizzarias. Com o passar dos anos, a concorrência cresceu e o público também mudou. “Tem que fazer de tudo para agradar o público porque hoje tem muitas opções na cidade, tanto pizzaria quanto outros tipos de comida. O público de Brusque é muito exigente”.

Quem também sentiu a diferença do público de Brusque para o de outras cidades foi o empresário Fernando Francy Vieira, da Pizzaria D’Itália. O estabelecimento está no município há sete anos e em Balneário Camboriú há 12.

Em Brusque, o empresário decidiu investir somente no delivery e retirada no balcão, enquanto que na cidade do litoral, oferece o tradicional à la carte. Para agradar o consumidor brusquense, a pizzaria teve de fazer algumas alterações no cardápio. “Colocamos sabores especiais que em Balneário não tem, como pepperoni, filé, aliche”, diz.

Para ele, o brusquense gasta mais do que os consumidores de Balneário, por exemplo. “O público de Brusque em relação a Balneário gasta muito. Aqui o pessoal come muita pizza, muito lanche. Lá, como o custo de vida é maior, não sobra muito para essas coisas. Essa foi a principal diferença que notamos quando começamos aqui”.

O gosto do brusquense pela pizza, inclusive, já fez superar o movimento de Balneário Camboriú. A Pizzaria D’Itália vende, em média, 2 mil pizzas por mês, trabalhando somente no formato de delivery. “Não temos do que reclamar em Brusque. Estamos há sete anos no mercado e aqui vendemos muito mais que em Balneário há muito tempo”.

Em Brusque há quase dois anos, a proprietária da Big Pizzas Litoral, Emilly Wujastyk, afirma que o perfil do consumidor de seu estabelecimento é bastante variado. Ela afirma que desde o início ficou bastante claro que o brusquense gosta de uma boa pizza. “Realmente é uma cidade onde a maioria ama pizza. Tivemos uma aceitação enorme em pouco tempo, muito mais do que o esperado, temos vários clientes fidelizados”, diz.

Brusquenses gostam de pizzas bastante recheadas | Foto: Divulgação

Novo estilo
Brusque tem pizzarias para todos os gostos. Desde as que investem em sabores mais brasileiros, com mais recheios, até aquelas que tem como foco manter a tradição italiana, com a massa mais fina e sabores típicos do país europeu.

Aberta há apenas dois meses em Brusque, a Aromata Boulevard chega ao mercado com um novo propósito. A intenção é fazer com que os brusquenses tenham a experiência de conhecer sabores especializados.

“Temos a Aromata em frente à Unifebe há dois anos e quando decidimos abrir a Aromata Boulevard no espaço do antigo Cako Pizzas pensamos em fazer algo diferente do que o público de Brusque está acostumado e partimos para uma pizza com um conceito mais italiano”, explica o sócio-proprietário, Rubens Rovedo Scoz.

De acordo com ele, a preparação da massa segue uma técnica de fabricação com critérios bastante precisos, com farinha especial e, por isso, o resultado é uma massa leve, que não pesa no estômago.

Os sabores especiais são clássicos das regiões Sul, Centro e Norte da Itália, como as pizzas caprese, carbonara e amatriciana. De acordo com Scoz, as pizzas especiais têm caído no gosto dos brusquenses. “O pessoal tem optado pelas pizzas de sabores italianos, querem experimentar e gostam, mas nem por isso deixamos de vender as tradicionais, porque o brasileiro gosta da pizza bem recheada”.

Clique no seu prato preferido e aprecie!
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