Tudo por um link

Uma das alegrias de ter um cantinho online aqui no Município Mais é poder trabalhar com a terceira dimensão das palavras – ou seja, aprofundá-las em links. Mas
antes, como sempre, lá vem história.

Quando a web ainda era novidade, tão novidade que a melhor
forma de se informar sobre ela era através de revistas especializadas, a coisa
mais comum do mundo era digitar links completos, do primeiro http dois pontos
até o último ponto com.

Na melhor da hipóteses, a revista convidava seus
leitores a usar o próprio site da publicação como ponto de partida para a
navegação proposta nas edições, o que simplificava a vida: uns poucos endereços
“favoritados” serviam de porta de
entrada para todo um novo universo.

Desses tempos, acho que a única sobrevivente é a Info. E a que deixou mais saudade, a Revista da Web. Era muito moderno, o começo do milênio. Depois, vieram os mecanismos de busca, até que o Google foi descoberto pela nossa preguiça e começamos a procurar nele todo e qualquer endereço, mesmo os que visitamos sempre, só para digitar menos. Os navegadores mais modernos são mais espertos e têm melhor memória, completando nossos endereços rapidamente.

Ou, de repente, a gente pode estruturar uma teoria
conspiratória e dizer que os navegadores querem reduzir o poder absoluto do
Google.

Os encurtadores de link se juntaram ao pacote. E assim
caminha a humanidade: diga, qual foi a última vez que você digitou um endereço
de site completo? Os que nasceram depois talvez nem tenham passado por essa
experiência. E não estamos falando de andar de carros movidos à manivela!

Tenho citado muito o Youpix, o melhor posto de observação da cultura wébica do país. Agora, tenho a honra de apresentá-lo pessoalmente para quem nunca passeou por ele, justamente em uma conversa em que o melhor são os links. Links úteis para
todos, seja qual seja o seu interesse.

Links para ocupar as horas ociosas.
Links para resolver problemas e criar novos dilemas. Links e mais links. Divirta-se!