Turma se une para escrever livro e homenagear aluna com síndrome rara em Brusque

Martina Lauritzen, de 11 anos, teve uma noite de autógrafos especial

Turma se une para escrever livro e homenagear aluna com síndrome rara em Brusque

Martina Lauritzen, de 11 anos, teve uma noite de autógrafos especial

Com coletividade e afeto, a aluna do Colégio São Luiz Martina Lauritzen, de 11 anos, teve uma noite de autógrafos especial após o lançamento de um livro, na última quinta-feira, 11. Diagnosticada com Síndrome de Edwards, uma doença genética rara, a estudante contou com a união da turma para poder lançar a publicação, que foi uma atividade de aula.

De acordo com a coordenadora do EFI, Silvana Kunel Pereira, o livro faz parte do projeto Aluno Autor, realizado em parceria com a Estante Mágica. Com a ideia de incentivar a leitura e fomentar a escrita, cada aluno dos 4º e 5º anos escreveu uma publicação própria.

Para que Martina tivesse um livro dela, todas as meninas da sala foram envolvidas com a ajuda da professora Andreza Mattioli Pires. “Então, elas criaram uma história envolvendo a família Lauritzen, o irmão, o pai e mãe, e também elas se incluíram nesta história”, conta Silvana.

Após a finalização dos livros, foi pensada uma noite de autógrafos. Em uma experiência anterior, em 2019, Silvana recorda que tinha um aluno autista que também não escrevia.

Então, foi proposto que, ao invés de Martina assinar os livros, fosse colocada tinta guache para que ela carimbasse o dedinho e desse a assinatura. Além disso, todos os alunos do 4º ano foram convidados para autografar o livro dela, já que foram as meninas da turma que escreveram. “Toda a turma assinou, para que ela ficasse com uma lembrança desse dia. Quando a gente viu o resultado final do livro, foi muito emocionante”, completa.

Dentro da atividade, é trabalhado o projeto Coração Aberto e Solidário do colégio, que trata de valores humanos. Nas publicações, as histórias têm a ver com solidariedade, respeito, união e perseverança.

Guédria Motta/Divulgação

Adaptação e carinho

Silvana conta que conhece Martina desde que começou a trabalhar no colégio, há mais de 5 anos. “É feito todo um trabalho adaptado. A turma gosta muito dela, a gente costuma dizer que a Martina é o nosso anjo. Ela é uma criança muito afetuosa, muito amada por toda a turma”, conta.

Segundo a coordenadora, nos intervalos das atividades, as crianças contam uma história e conversam com Martina sempre que podem. “Há todo um carinho especial da própria turma”, diz.

Ela detalha que toda atividade feita para a Martina é adaptada às necessidades dela. Ou seja, de acordo com o que ela precisa no processo de socialização e aprendizagem. “Quando a gente vê que a inclusão realmente acontece, a gente fica muito feliz. Porque há uma aceitação, um carinho e uma preocupação por parte dos professores, equipe do colégio e alunos”, finaliza.


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