Um mês depois, estragos do ciclone em Brusque ainda não foram recuperados
Defesa Civil tem planos de trabalho estruturados, mas depende de recursos estadual e federal
Os estragos do ciclone que atingiu Brusque há um mês ainda não estão totalmente recuperados. A Defesa Civil municipal aguarda recursos dos governos estadual e federal para que reformas mais caras sejam realizadas, principalmente em relação às estruturas públicas.
“O levantamento está todo pronto e temos as questões das escolas e as ordens do trabalho já devem ser encaminhadas nesta terça-feira, mas o processo demora um pouco mais. Para o governo federal, a gente deve se reunir nos próximos dias para execução dos planos de trabalho para conseguir recursos para Terminal Urbano e rodoviária. Estamos aguardando os recursos do estado, porque, se a prefeitura fizer, não tem reembolso do estado”, explica coordenador da Defesa Civil, Edenilson Cugik.
No total, a Defesa Civil estima que os prejuízos para a cidade foram de cerca de R$ 4,75 milhões no setor público.
O Terminal Urbano do Centro e a rodoviária, por exemplo, ainda não foram reformados. Os valores estimados para os reparos são de R$ 365 mil e R$ 9,5 mil, respectivamente. Cugik, explica que o valor para o terminal é maior porque as telhas são de um material específico, que não é mais fabricado.
Além destes valores, a Defesa Civil elaborou três planos de trabalho com um valor estimado de R$ 143 mil para os reparos em outras estruturas públicas, como a Fundação Cultural, escolas e Centros de Educação Infantil. Estes planos serão encaminhados ao governo estadual, em um processo específico para ocorrências de tragédias naturais.
“É um processo relativamente moroso, tem os prazos legais para serem cumpridos e algumas questões legais para serem observadas. Tem que ter registro, reconhecimento, o plano de trabalho do governo federal ainda nem abriu para cadastrarmos, apesar da gente estar dando andamento. Por parte da prefeitura, está adiantado. Depende dos trâmites dos governos estadual e federal”.
Cugik destaca que a cidade teve poucos danos em relação a casas e indústrias por causa do ciclone. As residências tiveram um prejuízo de cerca de R$ 57 mil, enquanto na indústria e agricultura o total foi de cerca de R$ 835 mil.