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Unimed Brusque é pioneira na região no tratamento precoce da Covid-19

Cooperativa realiza desde março tratamento com hidroxicloroquina em pacientes positivados

Desde o mês de março a Unimed Brusque tem atuado de forma intensa no tratamento de combate a Covid-19. Além de ter adotado diversos protocolos de prevenção, a Cooperativa implantou em sua sede o Ambulatório Especial Contra o Covid-19, para atender tanto seus beneficiários do município e região, bem como pacientes particulares e, desde então a Unimed Brusque já atendeu mais de 770 pessoas.

As ações de tratamento e combate ao Covid-19 foram efetivamente iniciadas pela Cooperativa em 11 de março, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o novo coronavírus como pandemia, entretanto antes disso a Unimed já realizava o monitoramento do mesmo, para possíveis ações de prevenção.

“A Cooperativa possui aproximadamente 18 mil beneficiários, que correspondem a cerca de 15% da população de Brusque. E vimos que, se conseguíssemos dar um suporte para essa porcentagem, estaríamos fazendo nossa parte como operadora e prestadora de serviço em saúde, além de auxiliar o poder público municipal, para colaborar nesse atendimento”, comenta a pneumologista e coordenadora médica de Serviços em Saúde da Unimed Brusque, Daniela Salvador Alves.

Ações

Para isso, diversas ações foram realizadas, como a suspensão das atividades em grupo presenciais, que eram oferecidas pela Unimed, já que algumas delas incluíam pessoas classificadas como grupo de risco, como idosos.

Da mesma forma, foi implantado o Ambulatório Especial, com consultório amplo e a disponibilidade de salas de apoio para coleta de exames laboratoriais e realização de eletrocardiograma (ECG). “Nosso protocolo envolve, para os pacientes a serem tratados com hidroxicloroquina, a documentação com um ECG de base, para que posteriormente se faça acompanhamento com um novo eletrocardiograma para excluir efeitos da medicação”, detalha Daniela.

Unimed/Divulgação

Com isso, o objetivo do Ambulatório da Unimed Brusque desde seu início foi fazer a triagem e avaliar pacientes com quadros gripais, doenças respiratórias ou que mantiveram contato com casos suspeitos ou confirmados do novo coronavírus. O espaço do Ambulatório foi totalmente pensado em garantir a segurança dos pacientes e também das equipes responsáveis pelos atendimentos, com setores de triagem, assepsia, espera e atendimento médico, em amplos espaços.

“Ambulatório não é um pronto-atendimento, por isso ele funciona com horário agendado, de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h, para que o atendimento possa ser feito da melhor forma, com todos os cuidados e orientações aos pacientes e evitando aglomerações”, detalha a pneumologista.

Após a estruturação do mesmo, a Cooperativa ofereceu um canal de atendimento via telefone, um 0800, com atendimento 24h, durante os sete dias da semana, o canal ‘Alô Doutor’, para esclarecimento de dúvidas sobre sintomas.

Destaque ao tratamento precoce

Desde março até o mês de julho, diversas medidas e ações no combate e tratamento do Covid-19 foram realizadas pela Cooperativa e, um dos pontos destacados pela coordenadora médica de Serviços em Saúde e que tem gerado resultados satisfatórios, foi a adoção do chamado tratamento precoce, feito pela Unimed Brusque, nos casos positivados do Covid-19.

“Já na primeira semana de Ambulatório, tivemos dois pacientes positivos, que começaram a ficar graves e em decisão conjunta com eles, optamos em utilizar a medicação, já que não havia nada disponível e era a única alternativa que estava sendo falada, lá no mês de março. Os dois iniciaram o tratamento e em 48 horas de medicação começaram a responder, ficaram bem, estão bem até hoje. Dali para frente intensificamos os estudos, e desde então, o protocolo do Ambulatório Especial da Unimed Brusque foi usar a hidroxicloroquina e a azitromicina por cinco dias em todos os pacientes que apresentaram quadro de pneumonia viral”, explica Daniela.

Segundo ela há cerca de 40 dias há um movimento médico no Brasil em prol do tratamento precoce, que envolve o uso de medicações como hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, e zinco quelado.

“Os pioneiros nesse tratamento são dos estados do Norte e Nordeste do país, em especial devido ao colapso que esses locais enfrentaram no Sistema de Saúde. Desta forma, eles passaram a tratar os pacientes precocemente e urgente. E em 40 dias, o colapso foi revertido, sendo um dos exemplos a Unimed de Belém do Pará, que controlou a situação. Baseado nesse e em demais exemplos, infectologistas começaram a avaliar a eficácia do tratamento precoce”, detalha a médica.

“Como empresa de saúde e preocupada em evitar o colapso dos recursos hospitalares na região, após diversos estudos, decidimos inicialmente pela implantação do tratamento precoce, com hidroxicloroquina e azitromicina. Como tudo era muito novo e diariamente estamos escrevendo um capítulo da medicina, nosso protocolo de tratamento já sofreu ao menos três atualizações, não abandonando, no entanto, a essência do tratamento precoce”, complementa o vice-presidente e diretor técnico da Unimed Brusque, Dr. Eduardo Ballester.

Além de acompanhar estudos nacionais e internacionais a respeito dos tratamentos ao Covid-19, há meses, Daniela também integra um grupo independente, de 300 médicos catarinenses, e de outros estados, de diversas especialidades, que diariamente compartilham estudos, experiências e informações a respeito dos resultados do tratamento precoce.

“O tratamento precoce não vai fazer com que a pessoa não passe pelo PCR positivo, IGM, IGG, que são os exames feitos para testar o Covid-19. O que o tratamento precoce tenta fazer é diminuir a fase de replicação viral e assim diminuir a carga viral dessa pessoa, o que tem levado pacientes a experimentar formas ‘menos agressivas’ da doença”, explica.

Desta forma, e seguindo tanto resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), como também em conformidade com a recente nota divulgada pelo Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC), que “reitera a necessidade de proteção à autonomia do médico que, no atual contexto, considere adequado o emprego de tratamento medicamentoso precoce em seus pacientes, em decisão compartilhada com estes”, a Unimed Brusque tem realizado o tratamento precoce, bem como tido resultados positivos com o uso do mesmo.

“Não existe um consenso científico estabelecido, uma evidência forte de que o tratamento A, B ou C, deve ser usado. O que interessa é que prescrição médica sempre foi e sempre será uma decisão compartilhada entre o médico assistente e o paciente que está sendo atendido naquele momento. É esta medida que temos adotado desde o mês de março e apresentado bons resultados”, frisa.

Atendimentos

Em relação aos atendimentos do Ambulatório Especial, a coordenadora médica de Serviços em Saúde da Unimed Brusque explica que nos mais de 770 pacientes atendidos, quase 70 casos testaram de forma positiva para o Covid-19. “Temos algo em torno de 55 pacientes tratados, desses, apenas três foram internados, dois ainda estão internados, mas nenhum dos dois está até neste momento na UTI”, comenta.

Além disso, dos atendimentos realizados, mais de 400 deles tiveram isolamentos domiciliar, já que mesmo sem necessidade de investigação e tratamento, pacientes sintomáticos respiratórios precisam ficar 14 dias de isolamento, que é o período aproximado de ciclo de incubação, infecção e resolução do vírus.

Exames

Desde o dia 23 de março a Unimed Brusque tem a disponibilidade do exame de PCR, para a detecção da doença. Atualmente, no Ambulatório Especial da Unimed, também estão disponíveis testes de detecção imunológica, entre eles o teste rápido.

“Ressaltamos para a população a importância de se ter um médico que possa fazer uma história clínica do paciente, para indicar os exames mais adequados, o qualitativo e quantitativo. Fazer o exame por conta própria, não é indicado”, comenta.


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