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Vacinação contra gripe tem baixa adesão em Brusque; veja quem ainda pode se imunizar

Vigilância Epidemiológica disponibiliza imunização para duas faixas etárias, além dos grupos de risco

A Campanha de Vacinação contra Influenza não atingiu suas metas em Brusque, mesmo após a prorrogação anunciada pelo Ministério da Saúde, levando a data-limite de 8 para 15 de junho. No entanto, o município continuará a vacinação de todos os grupos prioritários enquanto durarem os estoques das doses. Crianças de 5 a 9 anos e adultos de 50 a 59 anos de idade também estão incluídos, conforme orientação do ministério.

Brusque, assim como diversos outros municípios, pretendiam vacinar 90% dos habitantes integrantes dos grupos de risco. No entanto, de acordo com dados atualizados às 10h desta quarta-feira, 13, o município registra apenas 53,54% das crianças de 0 a 5 anos, 53,36% dos trabalhadores da área da saúde, 57,4% de gestantes e 47,42% de puérperas (mulheres que deram à luz há pelo menos 45 dias). Os grupos que estão mais próximos de atingir o objetivo municipal são os professores (76%) e idosos (87,05%).

No total, 70,64% dos grupos de risco foi vacinado. Conforme dados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, cerca de 15 mil das 21 mil doses foram aplicadas.

De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde de Brusque, Lucie Herta Hilbert, as pessoas passaram a ter receio de receber a imunização. “É um direito constitucional, uma oportunidade que cada cidadão tem de se proteger, e todo cidadão deveria aproveitar. Mas até mesmo outras vacinas antitetânicas, por exemplo, não são renovadas por todos com a frequência devida. Existem pessoas que só tomaram vacinas durante a infância”, lamenta.

“As vacinas estarão disponíveis enquanto durarem os estoques, considerando que devemos assegurar a segunda dose das crianças que receberam a vacina pela primeira vez. Neste caso é aplicada meia dose em duas vezes com o intervalo de 30 dias”, explica a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Brusque, Natália Marchi.

A justificativa do Ministério da Saúde para ter prorrogado a campanha até 15 de junho está nos possíveis impactos causados pelas paralisações dos caminhoneiros em maio, que trouxeram dificuldades na entrega de lotes de vacina para as regiões norte e nordeste do Brasil. Além disso, houve também baixa vacinação em algumas regiões por causa da dificuldade da população em ir aos postos.

Em Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Dive-SC) orientou a prorrogação da campanha até 8 de junho. Em ofício circular encaminhado às Secretarias Municipais de Saúde, o órgão informa que Santa Catarina já havia recebido e distribuído todas as doses de vacina, ou seja, não houve problemas logísticos durante as paralisações.