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Prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá avaliam ritmo de vacinação contra Covid-19

Municípios dependem de compra de vacinas independente do governo federal para acelerar imunização, que tem ritmo lento

O ritmo de vacinação contra a Covid-19 em Brusque, Guabiruba e Botuverá segue a tendência nacional e de outros países: lento, e os prefeitos dos três municípios destacam, principalmente, uma falta de vacinas no mercado. As doses distribuídas pelo governo federal não têm sido suficientes para imunizar as populações na velocidade necessária.

O prefeito de Brusque, Ari Vequi, acredita que o município está em velocidade avançada com as vacinas que tem à disposição, iniciando a aplicação a pessoas com 75 anos ou mais. Destaca, no entanto, que a falta de doses no mercado é o fator principal.

O município de Brusque declarou interesse na compra de 50 mil doses da vacina Sputnik V, em união com a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam). De acordo com Vequi, a Fecam estima que a documentação chegue à fornecedora entre quarta-feira, 17, e quinta-feira, 18, e que em 15 dias a partir deste recebimento, as doses chegariam.

O prefeito se diz na torcida para que o prazo seja cumprido, mas, de acordo com a alta demanda e os procedimentos necessários para a compra, não acredita que seja possível. “Se chegar nesta estimativa, será um verdadeiro sucesso.” O investimento gira em torno de R$ 3 milhões.

Com uma próxima remessa de 600 doses provenientes do Ministério da Saúde, a ideia é de Vequi é que, com as 50 mil doses, seja possível vacinar quase 30 mil brusquenses até o final de junho. O cálculo é feito na hipótese de que o lote da Sputnik V chegue no prazo estimado pela Fecam. Estes cerca de 30 mil brusquenses seriam a totalidade dos grupos de risco e de profissionais das linhas de frente da saúde. No ritmo atual, apenas com o Ministério da Saúde, Vequi não acredita que a vacinação atingiria esta quantidade de pessoas até o final de 2020.

Brusque e Guabiruba também estudam integrar o consórcio nacional com prefeituras, algo que depende da aprovação de suas respectivas Câmaras. Vequi considera, no momento, um movimento mais lento do que o que é feito com a Fecam, mas não descarta a hipótese de adesão.

No caso de Guabiruba, o prefeito Valmir Zirke afirma que o município pretende adquirir, a princípio, 12 mil doses da vacina, e o principal caminho é por meio da Fecam. Pelas reuniões da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi), Zirke atesta que o ritmo de vacinação tem sido lento em todo o país.

“É a nossa angústia, a angústia de todo o Brasil a luta por estas vacinas. Já tivemos reuniões com empresários que pretendem ajudar os municípios na aquisição. Mas no momento, não há doses disponíveis no mercado. Queremos comprá-las assim que estiverem.”

O prefeito de Botuverá, Alcir Merizio, afirma que o ritmo de vacinação segue longe do ideal. Como alternativa, o município tentará a compra de mais doses junto à Ammvi e à Fecam. Até esta terça-feira, 9, Botuverá havia aplicado 337 doses de vacina, sendo que 243 foram primeiras doses e 94 para as segundas.

“Se eu disser que [o ritmo de vacinação] está satisfatório, estarei mentindo. Estamos abertos à compra de qualquer vacina aprovada pela Anvisa e vamos fazer todos os esforços para vacinar nossa população.”

Em reunião nesta quinta-feira, 4, a Ammvi decidiu pelo envio expediente ao Ministério da Saúde, reivindicando maior rapidez na execução do Plano Nacional de Imunização (PNI).


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