Vai começar: confira o guia do Campeonato Catarinense 2021
Com aspirações diferentes, mas sonhando alto, 12 times entram na disputa de um dos estaduais mais equilibrados do país
Com aspirações diferentes, mas sonhando alto, 12 times entram na disputa de um dos estaduais mais equilibrados do país
Em 2021, o futebol de Santa Catarina terá um representante na Série A, dois na B, dois na C e mais três na D. Esse panorama coloca alguns times como favoritos para o Campeonato Catarinense deste ano, mas também mostra que, mais uma vez, a disputa deve ser bem equilibrada.
A Chapecoense, atual campeã do Catarinense e da Série B, surge como grande favorita, mas o Brusque, atual vice-campeão estadual, e o Avaí, que manteve a base do elenco que brigou pelo acesso à Série A em 2020, vêm logo atrás na lista de favoritos.
Figueirense e Criciúma, times de terceira divisão, tentam superar temporadas muito complicadas e reformulam seus elencos para a disputa do Estadual. Sem vencer o título desde 2001, o Joinville vem embalado das conquistas da Copa Santa Catarina e da Recopa, contra a Chapecoense, enquanto o Marcílio Dias quer manter a ascensão que demonstrou no ano passado.
Semifinalista em 2020, o Juventus perdeu vários jogadores e também o seu técnico, e deve ter campanha mais modesta. O Concórdia, que se salvou do rebaixamento no ano passado, pensa em dar um passo adiante. Vindos da segunda divisão, Metropolitano, Hercílio Luz e Próspera visam a permanência na elite para 2022.
A primeira fase do Catarinense 2021 terá 11 rodadas, com os 12 times se enfrentando em turno único. Os oito melhores se classificam para o mata-mata, que vai ter jogos de ida e volta até a decisão. Nas quartas de final, o primeiro enfrenta o oitavo, o segundo pega o sétimo, e assim por diante. Campeão e vice se garantem na Copa do Brasil 2022. Os três melhores times que não disputarem as três principais divisões do campeonato brasileiro garantem vaga na Série D 2022. Os dois últimos são rebaixados.
Quarta-feira, 24
20h Marcílio Dias x Brusque
20h30 Avaí x Juventus
21h Criciúma x Hercílio Luz
Quinta-feira, 25
16h Próspera x Joinville
16h Metropolitano x Figueirense
17h Concórdia x Chapecoense
Títulos: 17 (último em 2019)
Campanha em 2020: 5º lugar
O Avaí fez uma temporada decepcionante em 2020, com quatro técnicos diferentes, e campanhas decepcionantes em todas as competições que disputou. A reta final, porém, agradou a diretoria, que manteve o treinador Claudinei Oliveira para 2021.
O Leão ainda não fez contratações, mas manteve a maioria de seu elenco, e tem agora o experiente Marco Aurélio Cunha no comando do futebol. A expectativa para 2021 é que o Avaí tenha uma temporada de mais sucesso, que inicia com a pressão por brigar pelo título estadual.
Títulos: 1 (1992)
Campanha em 2020: vice-campeão
Após ser vice-campeão catarinense no ano passado, o Brusque terminou a temporada com uma conquista ainda mais relevante: o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro. Planejando-se para as competições que terá pela frente, o Marreco já contratou 13 jogadores – incluindo Júnior Pirambu, que brilhou pelo clube em 2019 -, e manteve boa parte do elenco que vem conquistando resultados históricos nos últimos anos.
O Brusque inicia o campeonato como um dos favoritos ao título, que seria o segundo do clube na história. Depois de bater na trave em 2020, o time vem mais reforçado e também mais experiente em busca de uma nova conquista histórica.
Títulos: 7 (último em 2020)
Campanha em 2020: campeão
A Chapecoense começou 2020 cercada de desconfianças, mas terminou com dois títulos – campeão catarinense pela sétima vez e da Série B de forma inédita. O técnico Umberto Louzer, grande responsável pelo sucesso na temporada passada, continua no comando do Verdão, que vai se reformulando para um ano de mais desafios.
A Chape perdeu a Recopa Catarinense de forma surpreendente para o Joinville e ainda busca repor a saída de jogadores importantes, como Alan Ruschel, João Ricardo, Roberto, Willian Oliveira. O time que vai iniciar a disputa do estadual deve ser bem diferente do que (muito provavelmente) vai disputar o mata-mata.
Títulos: 10 (último em 2013)
Campanha em 2020: 3º lugar
O Criciúma brigou até a última rodada contra o rebaixamento na Série C 2020, e vem passando por uma drástica mudança no elenco. O time já anunciou mais de 15 contratações para o início da temporada, incluindo o atacante Índio, ex-Brusque, e o zagueiro Alemão, que estava no Figueirense.
No banco de reservas, o Criciúma terá a experiência de Hemerson Maria, especialista de futebol catarinense, que já acumula passagem pelos outros quatro “grandes” do estado, e foi campeão estadual com o Avaí em 2012 e da Série B com o Joinville 2014. Ele agora tem a grande responsabilidade de recolocar o Tigre nos trilhos após anos complicados.
Títulos: não tem
Campanha em 2020: 9º lugar
No retorno à elite do futebol catarinense, o Concórdia foi ao playoff contra o rebaixamento, mas se salvou com certa tranquilidade contra o Tubarão. O time manteve o técnico Emerson Cris, ex-auxiliar da Chapecoense, e, por muito pouco, não conseguiu o título da Copa Santa Catarina, sofrendo um gol do Joinville nos acréscimos do segundo tempo, e perdendo a decisão e a vaga na Copa do Brasil nos pênaltis.
O Galo do Oeste contratou jogadores como o zagueiro Milanez, ex-Criciúma, e Emerson Martins, ex-Brusque, com experiência em equipes de maior investimento. Com três times vindo da segunda divisão e com mais experiência na elite, o Concórdia sonha com um feito inédito: uma vaga em uma competição nacional para 2022.
Títulos: 18 (último em 2018)
Campanha em 2020: 6º lugar
Em 2021, o Figueirense vai voltar a disputar a Série C após 21 anos. Vivendo um contexto inédito no século, o Furacão começa o Catarinense cercado de dúvidas. O técnico Jorginho foi mantido apesar do rebaixamento na Série B, mas o investimento terá que ser menor e o elenco passa por uma profunda mudança.
Os poucos destaques do time na Série B, Diego Gonçalves, Dudu, Victor Oliveira, Mateus Neris, entre outros, deixaram o time e, a maioria das contratações do Figueirense foi de jogadores jovens e sem muita experiência em grandes competições. Marllon e Felipe Gregório, que foram comandados por Jorginho no Juventus, foram dois contratados para o time de Florianópolis.
Títulos: 2 (último em 1958)
Campanha em 2020: vice-campeão da Série B
Após apenas um ano, o Hercílio Luz retorna à elite do futebol catarinense com o vice-campeonato da Segundona. Bicampeão catarinense na década de 1950, o time é comandado por Marcelo Caranhato, ex-Brusque e Tubarão, e já contratou 11 jogadores para tentar a manutenção na elite. As principais aquisições foram do volante Luanderson, ex-Avaí e Náutico, e do meia Renato Henrique, que marcou 11 gols em 28 partidas na temporada passada pelo Salgueiro.
Títulos: 12 (último em 2001)
Campanha em 2020: 8º lugar
O Joinville terminou a temporada passada com mais uma campanha decepcionante na Série D, eliminado pelo segundo ano consecutivo na fase de grupos. O técnico Fabinho Santos foi embora, o experiente Vinícius Eutrópio chegou, e o time conquistou dois títulos em duas semanas – a Copa Santa Catarina, garantindo vaga na Copa do Brasil 2021, e a Recopa Catarinense, derrotando a Chapecoense nos pênaltis.
O time perdeu o goleiro Dalberson para o Brusque, o lateral Renan Guedes para o Bahia e o volante Lucas de Sá para o Remo, mas manteve a maioria do elenco, incluindo o artilheiro Alison Mira, e contratou Douglas Packer e Gustavo Ermel, jogadores com experiência em competições de bom nível. O JEC está longe de ser o time que venceu a Série B em 2014 e foi à três finais seguidas de Catarinense entre 14 e 16, mas alimenta a esperança de um 2021 mais feliz.
Títulos: não tem
Campanha em 2020: 4º lugar
Após chegar de forma surpreendente às semifinais em 2020, o Juventus chega para a atual edição do Catarinense como uma incógnita. Vários destaques do time no último estadual deixaram o time – Itinga, Marllon, Luiz Henrique e Felipe Gregório -, além do técnico Jorginho, e o time vem de eliminação nas semifinais da Copa Santa Catarina em janeiro.
Ainda cercado de dúvidas e sem muitas contratações desde a queda na Copa SC, o Moleque Travesso se prepara para a estreia na Série D em 2021 e quem terá a responsabilidade de tentar repetir a campanha surpreendente de 2020 é Raul Cabral, que tem passagens por Avaí e Mirassol.
Títulos: 1 (1963)
Campanha em 2020: 7º lugar
O Marcílio Dias vem de uma temporada positiva em 2020. O Marinheiro teve uma campanha segura no Catarinense no início do ano, e depois chegou perto do acesso à Série C, mas foi eliminado nas quartas de final da quarta divisão para o Altos (PI). O time perdeu o experiente técnico Waguinho Dias, e será comandado por Carlos Alberto Teco que até então era auxiliar.
Apesar de não conseguir a renovação do treinador, o Marcílio renovou com vários dos destaques do time, como o goleiro Belliato, os laterais Rodrigo Ferreira e Luiz Renan e o meia Adriano Paulista, entre outros, e já contratou nove jogadores para tentar ao menos repetir a boa campanha no estadual do ano passado.
Títulos: não tem
Campanha em 2020: 3º na Série B
Após 13 temporadas seguidas na elite do futebol catarinense entre 2005 e 2017, o Metropolitano alternou entre a Série A e a Série B nos últimos quatro anos. O time será comandado pelo técnico Dyego Coelho, com experiência na base do Corinthians, e tem como gestor o ex-lateral André Santos. Até agora, a equipe contratou 11 jogadores, a maioria aquisições modestas, de outros times catarinenses, como o goleiro Dida, ex-Brusque, o atacante nigeriano Ebere, que estava no Fluminense de Joinville, além de Eduardo Meurer e Thomaz Carvalho, ex-Tubarão, entre outros.
O Metrô retornou à primeira divisão no critério número de gols marcados e agora tenta a árdua missão de se manter jogando fora de casa – sem estádio disponível em Blumenau, o time vai disputar a primeira rodada do Catarinense em Florianópolis, e o restante em Ibirama.
Títulos: não tem
Campanha em 2020: campeão da Série B
O Próspera voltou à elite do futebol catarinense após 14 anos com estilo. Campeão da Série B, a equipe de Criciúma continua sendo comandado pelo ex-meia Paulo Baier, que chegou a ter sua saída anunciada, mas acertou a permanência. O time vai jogar na casa do vizinho, o Heriberto Hülse, já que o estádio Mário Balsini está em reformas.
Ele agora tem o maior desafio de sua carreira de técnico – manter o time na elite do futebol. Os destaques entre as contratações do Próspera para o Estadual são o experiente lateral Sueliton que disputou a Série A do Brasileiro entre 2013 e 15, com Criciúma, Joinville, Athletico e Figueirense, e o meia Hugo Ragelli, que já atuou por Ponte Preta e Cruzeiro, e disputou a última temporada pela Inter de Limeira (SP).
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