Valor médio dos imóveis sobe quase 2% em Brusque nos últimos 12 meses
Pesquisa da revista Exame revela que preço médio do metro quadrado no município é de R$ 3,1 mil
Pesquisa da revista Exame revela que preço médio do metro quadrado no município é de R$ 3,1 mil
Pesquisa divulgada pela revista Exame informou que o preço médio dos imóveis usados em Brusque teve valorização de 1,7% nos últimos 12 meses. Com isso, o preço médio do metro quadrado no município ficou em R$ 3.130.
A situação no município é melhor do que o registrado na média nacional. Em geral, o preço dos imóveis usados no Brasil caiu 0,45% em 2017, o que foi considerado “o pior ano da década”.
Foram pesquisados imóveis em 259 cidades em todos os estados brasileiros. A pesquisa foi feita pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
De acordo com analistas da Fipe, porém, os preços das casas e apartamentos começaram a se recuperar já no final de 2017.
Na avaliação dos pesquisadores, o cenário para 2018 é mais otimista, tendo em vista que houve melhora na oferta do crédito imobiliário.
Avaliação semelhante é feita por Julio Luiz Felix, da Julio Imóveis. “Nós percebemos que desde o início do ano o mercado tem se aquecido, por várias razões. Pelo simples anúncio de uma faculdade de medicina na cidade, por uma rodovia duplicada de acesso à BR-101”.
Ele, que integra o Núcleo dos Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), afirma que começa a perceber sondagens de empresas de fora buscando investimentos aqui na cidade, assim como o consumidor final.
“Brusque é uma cidade pujante. Quando a economia demonstra recuperação, a gente percebe que o mercado começa a aquecer, estamos apostando em uma valorização, nos próximos 12 meses, que deve ser muito maior do que a que foi apresentada”, avalia.
Cristiano Hingst, corretor de imóveis também associado ao núcleo, afirma que o cenário é de normalidade, em relação ao preço médio dos imóveis.
Ele afirma que há duas análises paralelas que devem ser feitas sobre o preço dos imóveis. De um lado, os valores tabelados do mercado imobiliário, que não tem apresentado muita variação por parte dos construtores.
De outro, há aqueles casos em que proprietários de imóveis, que tem interesse em conseguir dinheiro rapidamente, e optam por vendê-los a preços mais baixos do que o de mercado.
“Tem muita gente precisando de liquidez, fazer dinheiro, são casos específicos. Na maior parte das vezes os valores são os de tabela”, afirma.
Segundo ele, na maior parte desses casos trata-se de um investidor que comprou o imóvel em outra época, com uma expectativa de valorização no mercado que não se confirmou, e agora precisa reduzir o valor para vendê-lo.
Apesar da expectativa de melhora no mercado imobiliário após a recessão, o momento ainda é de cautela.
De acordo com Ignácio Allein, proprietário da Imobiliária Atual, tem sido difícil vender imóveis mais caros sem baixar um pouco o preço.
Ele explica que imóveis de até R$ 160 mil, financiados pelo programa Minha Casa Minha Vida, que não tem muita margem para negociação de preço, são os que estão sendo vendidos com um preço mais próximo da tabela de mercado.