“Vamos zerar a fila de espera”, afirma José Zancanaro
Secretário de Educação diz que oferecer vagas em creche é o principal desafio deste ano
Vereador eleito, José Zancanaro está no cargo de Secretário de Educação desde o começo deste governo. Desde o início do ano está afastado para tratamento de saúde, mas retornará assim que estiver recuperado.
O secretário diz que pegou a pasta bagunçada, mas afirma ter colocado a casa em ordem e promete zerar a Fila Única neste ano letivo.
Sobre a situação envolvendo a creche do Bateas, que funcionava no centro comunitário da Igreja Católica, o secretário afirma já ter solução.
Integrante do PSB, Zancanaro é cogitado para concorrer a deputado estadual, por isso não descarta deixar a secretaria.
Principal desafio
“É acabar com a Fila Única, um compromisso de governo. Dentro do nosso tabuleiro, fizemos remanejamento de turmas e enquadramento de salas. Estamos com cerca de 1,1 mil crianças na espera, mas queremos começar em fevereiro sem ninguém. Vamos zerar a fila de espera.
Conforme cada turma, há um limite máximo: dez, 14 alunos, etc. O que fizemos foi remanejar essas turmas para salas menores, e onde é maior, colocamos a pré-escola ou o Infantil 3, que pode ter até 25 alunos por turma.
Criamos espaços, mas não temos como pôr uma creche ao lado de cada casa. Temos 36 creches só Educação Infantil, e 16 atendem Fundamental e Infantil.
A pessoa será direcionada para onde tem turma mais perto. As famílias terão que se adequar ao nosso espaço, e assim atendemos a todos, nem que seja por quatro horas. Vamos manter o que tem de integral e oferecer no mínimo de quatro horas”.
Bateas
“No futuro, a escola Theodoro Becker passará a ser de Educação Infantil, mas isso vai demorar. Está no governo federal.
Mas já estão licitadas salas modulares, com revestimento. Por incrível que pareça, o Ensino Fundamental do Theodoro Becker é o único que está diminuindo.
Acreditamos que a própria Theodoro abrigará a Educação Infantil, como já é nas outras 16 escolas em que temos Infantil e Fundamental”.
Ensino Fundamental
“As disciplinas ministradas no município são as mesmas do estado e da rede particular. Os professores são praticamente todos habilitados.
Inclusive, sobraram professores habilitados de primeira a quarta série. Quer dizer que Brusque está bem servida de profissionais na área de Educação. Não nos preocupa.
Temos um celeiro de profissionais, porque Brusque tem várias instituições que formam professores. Isso é um privilégio, não acontece em outros municípios”.
Calendário único
“Estamos fazendo um esforço para unificar os calendários. Porque entendemos que, às vezes, o pai tem um filho numa rede e outro na outra.
É interessante que quando um filho entra de recesso escolar o outro também. Assim pode se programar.
O calendário do estado e da grande maioria das escolas particulares de Brusque prevê início para 15 de fevereiro. Vamos nos adaptar também. O ano letivo termina em 15 de dezembro”.
Folha de pagamento
“Ano passado foi atípico, conseguimos vencer as dificuldades mesmo com as inúmeras rescisões. Foram mais de 300 no início do ano, e durante o ano mais de 100, e em setembro, mais de 200. Isso dificultou muito porque a rescisão implica em uma folha a mais, com terço de férias e tudo mais. Neste ano, nada disso deve acontecer.
Contratamos para o ano letivo, mas terá substituições por tratamento de saúde e outras situações. No entanto, não haverá término de contrato, será um ano mais tranquilo na gestão.
Não haverá o transtorno que teve no ano passado, com professores sendo substituídos. O novo tendo que pegar o serviço do outro para continuar, porque até se inteirar leva um bom tempo.
A nossa folha de pagamento ultrapassa R$ 6 milhões. Mais de 50% dos servidores municipais estão na Educação, são mais de 2 mil.
Com a fila zerada, o número de professores aumentará. Porque as turmas na espera são de crianças menores, que têm turmas menores”.
Futuro pessoal
“Quando fui convidado para assumir a pasta relutei, porque sabia que era um ano atípico e não precisava me incomodar com a gerência. Aceitei mais em solidariedade ao doutor Jonas, que esteve na minha casa.
Assumi o compromisso verbal e moral de ficar 2017 na pasta. Esse era o meu compromisso no ‘fio do bigode’.
Agora, é ano eleitoral, tem várias conversas. Estamos na dependência das candidaturas do PSB, e temos coligação com o PMDB aqui.
Temos que desenhar as possíveis candidaturas, e dentro do PSB sou um dos nomes cogitados, junto com o Ciro Roza e doutor Jonas.
Para ficar à disposição do partido e elegível em junho, na homologação das candidaturas, o prazo máximo para sair da secretaria seria fim de fevereiro.
Nessa expectativa se fala da probabilidade de eu voltar à Câmara em fevereiro. Se eu for indicado pelo partido para concorrer, não posso estar aqui em março.
Não estou brigando para ser candidato, mas somos soldados do partido. Se o Ciro e o doutor Jonas não forem candidatos e for pedido a nós, vai depender do apoio à minha candidatura.
Estamos em contato com o Ciro Roza, ele é o pré-candidato. Mas está se vendo as possibilidades jurídicas, da elegibilidade ou não.
Mesmo que não seja candidato, não sei quanto tempo ficarei, porque quero terminar o meu mandato no Legislativo. Então se não for neste ano, será no próximo ou no outro”.
2017
“Foi um período turbulento, porque pegamos o ano letivo sem preparação. Tivemos que fazer licitação de uniformes e materiais escolares. Já fizemos essas duas licitações.
Gostaríamos de não acontecer como neste ano, que entregamos o kit de material escolar em maio. Lógico que o poder público não dá tudo, dá o básico. Isso já licitamos e acreditamos que no começo do ano os alunos já recebam”.