Vandalismo deteriora estrutura de escola
Além de problemas causados pelo tempo, educandário sofre com danos provocados por alunos
Embora o projeto esteja pronto, a reforma da Escola de Educação Básica Osvaldo Reis não tem previsão de início. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR), a baixa na arrecadação do governo do estado limitou a capacidade de investimento, por isso o dinheiro está sendo canalizado para áreas prioritárias e pagamento de funcionários. Enquanto isso, ações paliativas foram realizadas para deixar o educandário em condições de ter aula e combater o vandalismo.
O assessor de direção Carlos Eduardo Marinho diz que o vandalismo tem deteriorado a escola. No mês passado, foram divulgadas fotos da situação da escola. As imagens, que foram parar na Câmara de Vereadores, mostravam a pia do banheiro sem torneira, vidros quebrados e portas e paredes pichadas.
Marinho afirma que nos últimos 30 a 45 dias as ações de vandalismo se intensificaram na Osvaldo Reis. Os alunos picharam a unidade educacional, inclusive, dentro de sala de aula. E não só isso, os vidros foram quebrados por vândalos e, até mesmo, pessoas jogaram pedras no telhado da escola, quebrando algumas telhas.
“A escola já tem uma estrutura envelhecida, é um prédio antigo, e ainda sofre a ação constante de vândalos. Nos últimos 30 dias essas ações ficaram mais evidentes”, afirma Marinho.
Apenas reparos
O secretário de Desenvolvimento Regional, Jones Bosio, diz que o projeto para a reforma da escola existe, no entanto, não há recursos para executá-lo neste momento. O governo do estado fez uma minirreforma administrativa no início do ano e as SDRs foram convocadas a cortar gastos. Desta forma, ele afirma que uma comissão analisa formas de economizar em itens como consumo de combustível.
Sem dinheiro, o governo de Raimundo Colombo tem de priorizar, afirma Bosio. A prioridade número um é garantir que a máquina pública continue em funcionamento com os pagamentos em dia, o que tem acontecido.
Marinho diz que já há conversas com o secretário, mas que não há previsão de uma reforma geral ou uma reconstrução. Enquanto isso, são realizados reparos paliativos. A direção da escola, junto com a Associação de Pais e Professores (APP) e colaborações, realizou a pintura de algumas salas, consertou a torneira e os sensores de movimento nos banheiros masculino e feminino.
O recurso veio, em parte, do governo do estado, por meio de um cartão para manutenção; a mão de obra foi custeada de outras formas, como a APP, de acordo com Marinho.
Vandalismo onera manutenção
Tanto Jones Bosio quanto Carlos Eduardo Marinho dizem que o vandalismo é um problema na escola estadual Osvaldo Reis. “Precisamos da colaboração dos alunos, que parem de pichar e que mantenham o patrimônio público, é deles também”, afirma o secretário de Desenvolvimento Regional.
Exemplo do vandalismo na escola, além das ações anteriores, é uma pichação dentro de uma sala de aula. No mesmo espaço, as janelas estão quebradas, também por vandalismo. Confira nas fotos.