X
X

Buscar

Varíola dos macacos: saiba como está a situação doença em Brusque

Doença perdeu força nos últimos meses em todo o mundo e não preocupa a Secretaria de Saúde

Os primeiros casos da varíola dos macacos foram registrados no Brasil em junho do ano passado. Por um tempo, a preocupação com a doença pairou, potencializada pelo medo de uma nova pandemia parecida com a da Covid-19. Os meses se passaram, porém, e com mais conhecimento do vírus Monkeypox, a situação foi sendo controlada.

Em Brusque, foram 43 pessoas notificadas entre suspeitos e positivos, de acordo com a Vigilância em Saúde. Desse total, foram 11 casos positivos: dez em 2022 e um neste ano.

Diretora da Vigilância em Saúde, Ariane Fischer conta que todos os casos registrados no município até hoje foram leves. “Ninguém ficou internado. Quando interna é devido número alto de lesões e não tivemos esses casos em Brusque”.

Nos últimos meses, Ariane conta que a procura por pessoas com suspeitas da doença diminui bastante. Ela acredita que a ação das vigilâncias em tempo oportuno foi crucial para conscientização sobre a varíola dos macacos.

“Conseguimos alertar a população dos cuidados. A população teve papel fundamental nessa questão pois tomaram as devidas precauções. Precauções essas que já haviam com a Covid-19, e a população seguiu as diretrizes”.

Ariane conta que, de acordo com estudos, o vírus Monkeypox passa por inúmeras mutações, que podem potencializar ou enfraquecer a doença. “Neste caso, presume-se que acabou enfraquecendo o vírus e impedindo sua transmissibilidade”.

Vacinas não chegaram a Brusque

A vacina contra a varíola dos macacos já existe, mas não chegou até Santa Catarina. Ariane conta que a população está ciente que o imunizantes não está disponível e, por isso, não tem tido procura.

Ela ainda acrescenta que não há previsão de chegada do imunizante na cidade. “O Mnistério da Saúde recebeu 19% das vacinas encomendadas. Com essa diminuição dos casos, acredito que não virão essas doses”.

Informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta de que os casos diminuíram drasticamente não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Por isso, o Ministério da Saúde deve focar em vacinas com maior impacto de resolução, por exemplo sarampo, Covid-19 e Influenza”.

A doença

A varíola dos macacos é uma doença causada pelo Monkeypox vírus e trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal silvestre, principalmente roedores, infectado, pessoa infectada pelo vírus Monkeypox e materiais contaminados com o vírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas, em geral, incluem erupções cutânea ou lesões de pele, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da Monkeypox, o chamado período de incubação, é normalmente de três a 16 dias, mas pode chegar a três semanas.

Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas.

As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre. Em alguns casos, porém, podem aparecer antes da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem.


– Assista agora:
Quais os efeitos do peso excessivo da mochila? Fisioterapeuta traz explicações sobre o problema