Veja como o movimento Emaús impactou a vida de algumas pessoas em Brusque
Eumaístas relembram o primeiro contato com os grupos após o curso de valores humanos e cristãos
Eumaístas relembram o primeiro contato com os grupos após o curso de valores humanos e cristãos
Ao longo dos 35 anos de Emaús em Brusque, diversas pessoas marcaram a história do movimento. Alguns nomes se destacam e foram importantes para a implantação do curso de valores humanos e cristãos em Brusque.
Antigamente, os jovens interessados em realizarem o curso precisavam receber um convite para participarem do ensino em Florianópolis. A oferta de vagas era limitada, o que motivou a atuação dos jovens que tiveram a oportunidade de trazer o curso para o município.
Uma das precursoras do movimento em Brusque, Giseane Morelli Pereira Adami, de 56 anos, comenta que participou do curso em Florianópolis em 1984. O impacto foi tão grande que ela e outros quatro amigos decidiram trazer o curso para o município para que mais pessoas tivessem acesso ao conteúdo.
“Voltei para Brusque decidida que queria que todos meus amigos tivessem essa experiência, então com o meu namorado na época, que hoje é meu esposo Márcio, conversamos com o orientador espiritual Monsenhor Bianchini sobre a nossa vontade de trazer o curso para Brusque e daí começamos a fazer formações e preparar todo material”.
Ela integrou o grupo São Francisco de Assis, e há 30 anos participa do grupo de casais Aliança ao lado do marido. Além disso, ela também atua como orientadora do grupo São Miguel, destinado apenas para mulheres.
“O curso de Emaús é um curso de muita espiritualidade e em muitos momentos a gente sente o amor de Deus, além de ser tocado por Ele. É uma experiência que não dá para guardar só para a gente. O amor transborda de tal maneira que queremos que todos sintam, vivam essa experiência e façam deste mundo mais humano e fraterno”, comenta, Gise.
Maria do Carmo Tomazoni Zen, 59, conheceu o movimento Emaús através do marido, que na época era namorado, Nelson Zen Filho, o Tato. Ele convidou a jovem para fazer parte do movimento. No entanto, ela teve que esperar até os 18 anos para passar pelo curso de valores humanos e cristãos.
Tato já havia feito o curso em 1978, no Morro das Pedras, em Florianópolis. Ao se conhecerem, ele convidou Maria para participar das reuniões do grupo São Luís Gonzaga. Na época ela apenas participava dos encontros, pois como ainda não tinha 18 anos, precisou esperar a maioridade para fazer o curso, que também foi em Florianópolis.
“O curso do Emaús foi algo que serve para a minha vida até hoje. Tivemos uma amizade muito bonita com o movimento do Emaús, com o passar dos anos criamos mais laços de amizade e então surgiu o grupo Bethânia, que são os casais que se encontram até hoje”.
O grupo atualmente é constituído por casais de mais idade, que são avós, mas continuam ativos no movimento. Segundo Maria, os grupos de casais surgem devido à amizade construída entre os participantes enquanto ainda são jovens. Com o casamento e nascimento dos filhos, os emauístas decidiram criar um grupo para os casais.
“Hoje somos compadres, rezamos juntos, damos força para o outro, temos momentos de alegria e de tristeza. Um apoia o outro. Posso dizer que para mim o Emaús é a minha segunda família”, declara.
Maria, que é viúva há quase quatro anos, comenta que por meio da fé e do amor que aprendeu no Emaús encontrou força para seguir a vida. “Tivemos a graça de ter três filhos e eles fizeram o Emaús. Nossa caminhada é de fé, quanto mais você ama Jesus Cristo e procura conhecer os caminhos que ele trilha, mais você é tocado”, comenta.
Ao lado do marido, Maria já atuou como casal presidente e vice-presidente, além de outros departamentos do movimento. “O Emaús foi algo que aconteceu na minha vida e fortaleceu o meu namoro, meu noivado, as amizades, meu casamento e a minha base e fé cristã”, comenta.
Na juventude, Jerusa Batisti Pereira, 49, conheceu o movimento Emaús quando ainda não era muito difundido em Brusque. Por participar do grupo de jovens, ela foi convidada a fazer o curso.
Dentro do movimento, Jerusa fez várias amizades e teve a oportunidade de ajudar muitas pessoas no decorrer dos anos, não só materialmente, mas também espiritualmente. “O movimento me ajuda a fortalecer a fé e buscar viver a vida da melhor forma”, comenta.
Jerusa conta que em 1991 entrou para o curso após receber o convite de uma amiga, que acabou se tornando madrinha dela no Emaús. Alguns anos depois ela recebeu outro convite para participar do, hoje extinto, grupo Jerusalém, e ela e o marido Vladimir Pruner, 51, se tornaram mais ativos no movimento, onde seguem até hoje.
“O que nos levou a participar foi a busca por um crescimento espiritual e também por conhecer e estar com novas pessoas”, comenta.
A participação de Jerusa é tão ativa que hoje, além de participar do grupo de casais Aliança, ela também é orientadora do grupo Nossa Senhora de Guadalupe, que é só de meninas. “Participamos também do Departamento de Liturgia e isso nos dá a oportunidade de retribuir um pouco do muito que o movimento nos dá”, diz.
Jerusa define os orientadores como pessoas que já tem uma caminhada no movimento e que acompanham um novo grupo. “Somos como pais dos integrantes. Com o tempo é mais uma família que formamos”.
O Emaús incentivou Jane Raquel Vechi, 60, a mudar de religião. A ex-luterana conheceu o movimento e foi convidada a participar do curso em 1980, em Florianópolis. “Cada momento vivido no curso foi algo que me surpreendeu e fez com que eu sentisse o amor incondicional de Cristo”, diz.
O então namorado de Jane, hoje marido, Valmor José Vechi, 64, fez o curso do Emaús em Florianópolis e começou a participar do grupo de jovens do movimento em Brusque. Ele convidou a então namorada para entrar no Emaús, no grupo São Luís Gonzaga. “Logo surgiu a oportunidade para eu fazer o curso também. A partir daí passamos a participar ativamente do grupo e de todas as atividades ligadas a ele”.
Há 42 anos, Jane continua atuando no movimento em Brusque e atualmente faz parte do Grupo Bethânia. Ela e o esposo já foram o casal presidente quatro vezes. Eles também participaram algumas vezes do Colegiado, de alguns departamento do movimento e do último conselho.
Jane também é orientadora de um grupo de meninas há 16 anos. “Em todos estes anos procurei viver a sublime missão de evangelizar os jovens sendo instrumento vivo nas mãos de Deus”, comenta.
Joseane Caetano Sassi já estava casada quando conheceu o movimento, em 2006. Ela e o marido Marlon Sávio Sassi tiveram o primeiro contato com o Emaús através de amigos, que participavam das ações e chamavam atenção. Jo e Marlon receberam convite do grupo Aliança para conhecerem melhor o Emaús. Dois anos depois, o casal fez o curso como ouvinte, visto que não poderiam mais participar devido à idade.
“Pra mim foi uma grande catequese, pois fui luterana de solteira e lá tive um momento inesquecível onde conheci de perto o amor de Deus”, comenta. Quando casou, ela optou por trocar de religião com o objetivo de educar os filhos sem divisões.
Após conhecer o Emaús, ela escolheu fazer parte do movimento e queria auxiliar de alguma forma. Além de continuar no grupo para casais, Jo e o esposo também são orientadores do grupo de jovens São João Batista. “Participamos ativamente das ações do movimento e também na comunidade”.
“Momentos muito especiais dentro do movimento são as participações nos cursos independentemente da função que formos exercer, sempre podemos sentir muito forte a ação de Deus na vida de cada um de nós que trabalhamos ou mesmo testemunhando o que Deus realiza na vida de cada cursista”, comenta a emauísta.
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