Veja principais propostas de Odair Tramontin ao governo de Santa Catarina
Candidato falou sobre educação, segurança pública, economia e sobre a primeira experiência como candidato a governador
Candidato falou sobre educação, segurança pública, economia e sobre a primeira experiência como candidato a governador
O sétimo candidato ao governo do estado de Santa Catarina a dar entrevista ao grupo O Município – devido à ordem alfabética de nomes utilizados na urna – é Odair Tramontin, do partido Novo.
Nesta terça-feira, 13, seria publicada a entrevista com o governador Carlos Moisés, candidato à reeleição. No entanto, apesar das inúmeras tentativas, a assessoria não respondeu o pedido de entrevista.
Tramontin, por sua vez, falou sobre educação, segurança pública, economia, infraestrutura viária e sobre a primeira experiência como candidato a governador.
Jovem na política catarinense, Odair destaca a atuação do partido em que está como exemplo do que pode fazer caso seja eleito.
Qual a sua avaliação da educação no estado de Santa Catarina atualmente e qual proposta para melhorá-la?
A educação de Santa Catarina é um dos campos que o estado deixa a desejar e está com um déficit muito grande e isso é reflete no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que nas escolas públicas é de 3.8, de 10, e nas particulares é de 6.1. Então a proposta a médio a longo prazo é trazer a educação para o século 21, pois nós temos a escola analógica e o aluno digital, o que eu chamo de aluno “polegar”. O desafio é capacitar os professores para que os professores deem aula conforme os nossos jovens.
Para isso, queremos utilizar a métrica, ou seja, valorizar o professor pelo mérito. Queremos implementar a valorização do professor, em remuneração mesmo, justamente de acordo com os resultados que eles podem produzir. A meta é aumentar o Ideb. Se isso acontecer, eles serão recompensados.
A curto prazo, vamos enfrentar o problema das escolas não estarem entregando os jovens do ensino médio qualificados para o mercado de trabalho, tanto que vários setores que há bastante oferta emprego, porém, jovens desempregados. O estado então vai fazer uma parceria com instituições, em especial do Sistema S, para um aprimorando dos jovens, considerando cada região.
O que fazer para melhorar os dados de segurança pública? Qual proposta para a segurança pública de SC?
A diminuição do crime começou a cair no Brasil a partir de 2018 e não só em Santa Catarina. Mas achamos que da para fazer mais. Em âmbito estadual, nós achamos que da para fazer algumas coisas. Aumentar os efetivos [de polícia] para aquelas regiões que estejam de fato deficitárias, ter uma atuação mais próxima entre as polícias [Militar e Civil] e, principalmente, construir mais vagas em presídios. Hoje existe um déficit de quatro, cinco mil vagas em presídios, e nós vamos aprimorar isso, inclusive, em parcerias com a iniciativa privada para aumentar o trabalho dos presos. Porém, a segurança pública no país não vai melhorar se não mudarmos as leis penais. Então é preciso que o governador, com a sua bancada, atue junto com o Congresso Nacional para que as leis penais sejam mais duras.
Como melhorar a infraestrutura das rodovias estaduais de Santa Catarina?
Eu começo dizendo que Santa Catarina tem um pouco mais de 1% do território nacional e, seguramente, tem a pior infraestrutura do Brasil entre os estados. Porque aqui só temos uma rodovia que é duplicada, que é a BR-101 e que há mais de dez anos está sucateada se pegarmos da grande Florianópolis com a divisa com o Paraná.
Nas rodovias estaduais, precisamos realizar a manutenção delas, pois elas estão em absoluto estado de abandono. Esse atual governo abandonou as nossas estradas estaduais, e a gente quer primeiro é cuidar delas, depois, aquelas que tiverem um potencial suficiente para fazer concessão, nós somos favoráveis.
Sei que também tem um estudo do governo atual para fazer uma rodovia paralela a BR-101, que sairia da região de Joinville até o contorno de Florianópolis. Isso é algo que nós concordamos e vamos colocar na nossa agenda.
Economia catarinense é destaque. Mas vemos muitas empresas deixarem o Estado. Qual proposta para fazer o caminho contrário?
Temos que ter mão de obra qualificada e melhorar a infraestrutura rodoviária, portuária, ferroviária e, principalmente, de energia elétrica. Melhorar os aeroportos também. Enfim, resolver o problema da infraestrutura.
É jovem na política, mas foi candidato a prefeito em Blumenau. O que tem a oferecer em Santa Catarina?
Primeira coisa é que tenho a oferecer uma trajetória limpa, um conhecimento profundo do funcionamento da máquina pública, porque sou promotor de justiça há 34 anos. E, principalmente, eu tenho para apresentar para Santa Catarina o jeito Novo de governar, implementado com muito sucesso em Minas Gerais e também em Joinville com o Adriano Silva, fazendo uma administração profissional.
Vamos preencher os cargos de direção com fundamento e na capacidade profissional e não nas indicações políticas, como sempre foi e ainda continua sendo a praxe das administrações públicas. Isso pode parecer pouco, mas não é. Nosso lema é ter profissionais na política e não políticos profissionais.
É do partido Novo, que prega menos estado, menos benefícios. Mas é promotor público e possui uma série de benefícios. Como explicar isso ao eleitor?
O que eu explico é que os benefícios que eu tenho não são meus, é de toda a categoria. Eu não ganho nada mais ou nada menos que qualquer outro promotor no Brasil. Segundo ponto é que não fui eu que criei isso. Terceiro: eu me filiei ao partido político que combate isso, que significa que eu não concordo com esses privilégios que algumas categorias no Brasil tem em relação a outras. E se eu quisesse privilégio, eu teria me filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) ou ao Psol e não ao partido Novo, visto que todos os mandatários do Novo renunciam a qualquer privilégio.
Qual a sua avaliação sobre o Plano 1000 e pretende continuar com ele?
O partido Novo é um partido federalista e também municipalista. Nós entendemos que os problemas acontecem nos municípios e somos favoráveis a dar continuidade. Evidentemente, desde que tenha recurso, pois há indicativos que parte desse programa do governo seja um programa eleitoreiro, na medida que só foi feito no ano da eleição.
Se eleito, o senhor se compromete em seguir com os trâmites para a execução da obra de duplicação da rodovia Ivo Silveira (SC-108), que liga os municípios de Brusque e Gaspar?
Eu não posso assumir compromissos daquilo que está sendo feito ou não. O que eu posso dizer é que, obviamente, pela importância da rodovia, dentro das possibilidades, será prioridade. Porquê eu sou de Blumenau, ando pela rodovia, e reconheço a necessidade da duplicação. Então, tendo dinheiro, vamos fazer. Se não for viável, vamos fazer concessão.
A entrega da obra do Centro de Inovação de Brusque estará entre suas prioridades, se eleito?
A inovação em geral consta no nosso plano de governo a ser perseguido o tempo todo. E evidentemente o Centro de Inovação é o ambiente adequado para você implementar essa necessidade de inovação. E a experiência tem sido muito positiva em toda Santa Catarina. Em Blumenau foi recém-inaugurado e já se demonstrou que precisa de ampliação, pois ficou pequeno. Cheio de startups. Então com certeza vamos concluir a obra em Brusque.
Há anos, os alunos da Escola de Ensino Médio João Boos, de Guabiruba, têm que conviver com uma estrutura precária durante as aulas. Se eleito, os alunos, pais e professores podem ter a esperança de que a obra cumprirá os prazos e que será possível, num futuro próximo, ter aulas dentro das condições mínimas de segurança no local?
Eu fui lá e conheci essa obra abandonada há tantos anos. Antes de prometer, eu preciso identificar o porquê que ela está assim. Mas, evidentemente, é inaceitável que uma obra desse porte demore tantos anos para ser concluída, sobretudo da gente vivendo em um momento totalmente favorável nas finanças públicas. Então, eu preciso conhecer melhor as peculiaridades, mas lá ou em outro lugar, a obra será feita.
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