Veja principais propostas de Ralf Zimmer ao governo de Santa Catarina

Candidato falou sobre educação, segurança pública e fez duras críticas ao atual governo do estado

Veja principais propostas de Ralf Zimmer ao governo de Santa Catarina

Candidato falou sobre educação, segurança pública e fez duras críticas ao atual governo do estado

O oitavo candidato ao governo do estado de Santa Catarina a dar entrevista ao grupo O Município – devido à ordem alfabética de nomes utilizados na urna – é Ralf Zimmer, do Partido Republicano da Ordem Social (PROS). Ele falou sobre educação, segurança pública, economia, infraestrutura viária e de qual forma pretende governar o estado.

Com duras críticas ao governo do estado atual, Ralf também falou sobre a polarização entre Lula e Bolsonaro e sobre ações para a cidade de Brusque.

Confira a entrevista na íntegra:

Qual a sua avaliação da educação no estado de Santa Catarina atualmente e qual proposta para melhorá-la?

A educação de Santa Catarina está abaixo do que dever ser. A gente percebe o empresariado reclamando que tem vagas de empregos, mas não tem pessoas qualificadas. Então isso naturalmente passa pela necessidade de readequar a educação e as necessidades do mercado de trabalho do estado. Também penso que devemos investir em atividades extracurriculares e esportes. Está no nosso plano de governo trazer de volta a competição sadia de matemática e oratória, com uma medalha honrosa aos vencedores. A medalha Norberto Ulysséa Ungaretti, em homenagem a um grande educador catarinense.

Isso porque a gente, desde a escola, cultivar o gosto pela disputa. Essa pedagogia de que todo mundo ganha em todo tempo, a meu ver, é equivocada. Não é assim que a vida funciona. As pessoas precisam ser treinadas desde cedo a se esforçarem, para ter recompensas nas suas ações. E é isso que a gente quer fazer com a escola do catarinense.

O que fazer para melhorar os dados de segurança pública? Qual proposta para a segurança pública de SC?

Na realidade, a segurança pública no Brasil como um todo apresentou melhores índices. Isso é influência de dois fatores. A melhora na atuação da polícia nas fronteiras e a questão da própria pandemia da Covid-19, que fez com que a circulação das pessoas diminuísse e, consequentemente, a criminalidade. Está longe do ideal a segurança pública de Santa Catarina, com altíssimos casos de feminicídios e outros crimes, como o roubo, que também continuam. Isso porque nós temos a menor proporção de policial por habitante no Brasil.

Por isso, precisamos criar mais vagas para que os policiais possam efetivamente fazer a proteção da sociedade, tanto na cidade quanto no campo. E também investir em inteligência. A Polícia Civil está sucateada. Há uma falta de inteligência e trabalho conjunto entre as polícias e há muito o que melhorar para proteger o nosso cidadão, sua liberdade e seu patrimônio.

Como melhorar a infraestrutura das rodovias estaduais de Santa Catarina?

As rodovias estaduais de Santa Catarina estão com o carimbo de incompetência do desgoverno atual, que abriu diversas licitações que se deram desertas, ou seja, foram arquivadas por falta de concorrência. A melhora desse quadro passa por um corpo técnico atualizado. Que se abram os procedimentos licitatórios de modo efetivamente competitivo, para termos interessados na iniciativa privada para realizar esses serviços, que é o recapeamento das nossas SCs.

Sobre infraestrutura, ainda é bom também lembrar que é preciso entrar no programa da União para a concessão de ferrovias, por meio de parcerias público-privadas, até para fomentar o transporte. Vai nos ajudar a preservar as rodovias que já se tem e também aquecer o transporte por uma via mais econômica.

Economia catarinense é destaque. Mas vemos muitas empresas deixarem o Estado. Qual proposta para fazer o caminho contrário?

Na realidade quem gera e produz emprego são os empreendedores. O estado apenas facilita ou dificulta o trabalho deles. Hoje, infelizmente, Santa Catarina dificulta. Para você atrair investidores, um dos principais pontos é a transparência da gestão pública. Ninguém quer ir para um local confuso, que hoje é o status de Santa Catarina nos últimos anos. Dois processos de impeachment, que afastaram o governador e depois ele voltou. Isso tem que acabar. No ranking do Ministério Público Federal (MPF), no que tange a transparência, Santa Catarina está na medíocre 12ª posição. Nós temos que fazer com que sejamos o estado mais transparente sobre gestão pública no Brasil.

Então nossa principal ação será resgatar a transparência no trato da gestão pública de Santa Catarina.

É novo na política. Foi candidato a deputado em 2018 e é suplente. Mas tenta o governo de SC. O que tem a oferecer ao estado?

Tenho a oferecer ao estado uma formação sólida, sou pós-graduado em gestão pública avançada. Tenho também experiência como defensor geral de Santa Catarina, entre 2016 e 2018, oportunidade que, com a minha equipe, reduzir o custo da defensoria pública e mais que dobrar o atendimento, sem contratar ninguém. O nome disso é eficiência. Reconhecer o valor dos servidores e membros, com uma política salarial decente. O nome disso é respeito.

Então, eu já tenho uma experiência vencedora na área da gestão pública, sei como fazer e estou mostrando isso no meu plano de governo. Eu acredito que essa minha formação teórica e prática pode estar a serviço de Santa Catarina.

Qual a sua avaliação sobre o Plano 1000 e pretende continuar com ele?

Olha, o Plano 1000 para mim não tem nada de municipalista. Esse negócio de mandar dinheiro a rodo para prefeito e dizer que é municipalismo, ainda mais em véspera de eleição, para mim tem outro nome, que é oportunismo. E não é nada contra os municípios, que precisam ter verbas, mas o que acontece é que foi feito a toque de caixa, em prejuízo a integração regional e em prejuízo à saúde, onde faltam leitos de UTIs para nossas crianças. Então foi feito de forma desorganizada esse repasse. Eu entrei no Tribunal de Contas e pedi esses contratos, foi determinado ao governo colocar no portal da transparência, e até hoje não colocaram.

Ninguém tem segurança em questão financeira em Santa Catarina, independente de quem ganhe [a eleição], porque a projeção de estudiosos é que ano que vem já vamos ter menos R$ 5 bilhões de arrecadação. A minha ideia é trabalhar com tributação baixa, mas para isso precisa ter um governo organizado, enxuto, não como esse governo aí, que distribuiu recursos milionários aos municípios, em promessa de outra parcela ser paga mais para frente. E se não tiver caixa? Então todos os prefeitos têm que estar muito alerta, independente de quem ganhe a eleição, pois a probabilidade é que não tenha caixa para honrar o que foi prometido em véspera de eleição.

Contudo, caso evidentemente eleito, eu quero manter uma relação estreita com os prefeitos, atender primeiramente ao que o estado deve atender, como vagas de leitos de UTI para crianças e políticas de integração de cada região, e aí sim, em um terceiro momento ir diretamente aos municípios.

Se eleito, o senhor se compromete em seguir com os trâmites para a execução da obra de duplicação da rodovia Ivo Silveira (SC-108), que liga os municípios de Brusque e Gaspar?

Não só prometo como quero acelerar. Está demorando muito para arrumar as nossas SCs. Como é que esse governo conseguiu dinheiro para implementação rápida nas BRs, que são rodovias federais, e as estaduais, que são nossas, está esse imbróglio? Não é nada pessoal com o Carlos Moisés, mas o governo que se tem hoje é incompetente. Não tem a capacidade de abrir novos procedimentos licitatórios para melhorar nossas estradas.

A entrega da obra do Centro de Inovação de Brusque estará entre suas prioridades, se eleito?

Eu confesso que desconheço de fato. Sou um político novo e quero fazer a boa política da verdade. Desconhecia essa obra de Brusque, mas vou me aprofundar sobre o tema para poder, inclusive, dar uma resposta nas minhas redes sociais para a população brusquense. Toda e qualquer obra em desenvolvimento será prioridade para que seja terminada, pois o prejuízo é muito grande quando elas estão paradas.

Há anos, os alunos da Escola de Ensino Médio João Boos, de Guabiruba, têm que conviver com uma estrutura precária durante as aulas. Se eleito, os alunos, pais e professores podem ter a esperança de que a obra cumprirá os prazos e que será possível, num futuro próximo, ter aulas dentro das condições mínimas de segurança no local?

Quero dizer a todos os pais e mães que no meu governo a prioridade será nossos filhos em escolas públicas decentes. Então, seja em Guabiruba ou em outra cidade, onde estiver criança indo para a escola, a escola deverá oferecer segurança e eu vou trabalhar todos os dias para que isso aconteça.

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