Você já passou horas esperando um filme ou jogo baixar em seu computador? Agora imagine poder baixar praticamente todos os filmes, séries e documentários presentes em alguns provedores, como a Netflix, em um segundo. É isso que os pesquisadores da UCL (University College London) são capazes de fazer se quiserem. Os estudiosos conseguiram desenvolver a internet mais rápida do mundo e estabeleceram um novo recorde mundial – a nova velocidade alcançada são de humildes 178 mil Gbps, ou 178 Terabits por segundo.

Esse recorde é promissor para a era em que estamos vivendo atualmente, já que se acredita que o tráfego na rede mundial de computadores aumentou devido ao número de pessoas que passaram a trabalhar e assistir aulas online de casa. Além disso, houve o aumento pela demanda de entretenimento digital, que inclui principalmente o streaming de filmes e jogos de videogame online. Por enquanto, o atual sistema de internet está “quebrando o galho”, porém está claro que ele precisa de uma reformulação, já que muitas pessoas não têm acesso confiável e barato – e este problema já vem desde muito antes da crise.

Sim, há muitos sites de jogos onde não é preciso uma internet tão rápida para se divertir ou que necessitem de downloads – por exemplo, o bet365 brasil é um site confiável que permite a qualquer pessoa apostar do conforto da própria casa. Mas, para quem curte games que demandam muita potência de rede, a pesquisa é promissora.

 

Sobre o trabalho

 

O projeto que realizou a façanha teve liderança da brasileira Dra. Lídia Galdino, que é professora e pesquisadora de engenharia da Royal Academy. O experimento ainda teve participação da Xtera e a KDDI Research. Segundo o anúncio da UCL, a velocidade estabelecida é “o dobro da capacidade de qualquer sistema atualmente implantado no mundo”. E, para alcançar números de celeridade tão assustadores, os estudiosos da UCL utilizaram uma variedade de comprimentos de onda maior dos que são geralmente usados nos cabos de fibra ótica. Os pesquisadores também empregaram diferentes tecnologias de aplicação que maximizavam o sinal da rede.

Os cabos de fibra ótica geralmente absorvem os sinais em alguns quilômetros por conta do material utilizado na sua fabricação. Então, os repetidores, que são basicamente um extensor de Wi-fi, são indispensáveis para replicar esses sinais e possibilitar que eles possam viajar por distâncias maiores. Então, o que os pesquisadores fizeram não foi só alongar o sinal, mas também ampliá-lo a níveis nunca vistos antes.

A atual infraestrutura das redes utiliza uma largura de banda de espectro bem limitado, apenas 4,5 THz (terahertz), e a largura da banda comercial é um pouco maior 9THz, mas ainda está ganhando seu espaço no mercado. Para se ter noção, o 5G de banda alta, opera em 24 GHz e só pode transmitir dados a uma celeridade de 1 a 3 Gbps – o que se dá pois essas ondas estão sendo propagadas pelo ar, e não utilizam a fibra ótica. Para obter a assombrosa velocidade de banda larga, a equipe da Dra. Galdino usou a largura de banda de 16,8 THz, conseguindo absurdos 178 mil Gbps. Isso deixa o 5gG bastante obsoleto em comparação.

 

Implementação em larga escala é acessível

 

Implementar o sistema usado pelos estudiosos na infraestrutura de internet existente seria até barato. Segundo a UCL, modernizar os amplificadores em determinados intervalos teria o custo de apenas uma fração da instalação de novos cabos de fibra ótica – aproximadamente US$ 21 mil a cada 40km – 100km contra US$ 594 mil a cada km para novos cabos. Esse investimento seria uma das soluções para reduzir a exclusão digital, que ficou ainda mais em destaque neste período de crise sanitária.

“Independentemente da crise de COVID-19, o tráfego da internet aumentou exponencialmente nos últimos 10 anos, e todo esse crescimento de demanda de dados está relacionado à redução do custo por bit. O desenvolvimento de novas tecnologias é crucial para manter essa tendência de redução de custos e, ao mesmo tempo, atender às demandas de velocidades de dados futuras, que continuarão a aumentar com aplicativos ainda não imaginados, que transformarão a vida das pessoas”. disse Dra. Galdino.