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Venda de bebida em garrafa retornável é baixa em Brusque

Supermercados do município oferecem poucas opções devido à baixa procura pelo produto

A fabricante de bebidas Ambev tem apostado nas garrafas de vidro retornáveis para tentar vender mais e contornar a crise. Em 2014, por exemplo, 4% do volume total de cervejas Ambev vendido em supermercados era em garrafas retornáveis. No ano passado, essa fatia mais que triplicou, para 14,4%, de acordo com a companhia.

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As cervejas nas embalagens retornáveis são vendidas por um preço 20% a 30% menor e têm ganhado espaço em estabelecimentos de todo o país. Em Brusque, no entanto, a venda de bebidas em garrafas retornáveis tem caído ano a ano.

O proprietário do supermercado O Barateiro, José Francisco Merísio, afirma que no estabelecimento, o maior volume de venda é o da cerveja em lata. A bebida em garrafa retornável tem pouca saída. “Os bares compram alguma coisa, mas a lata dominou completamente. Tanto que nem oferecemos tantas opções em garrafas retornáveis”, diz.

No Bistek, o gerente Evandro Bez afirma que o estabelecimento comercializa bebibas em garrafas retornáveis apenas na versão em 300ml. “As pessoas mudaram completamente para as latas. Desde o fim do ano iniciamos a venda dessas retornáveis menores, elas têm saída, mas depende muito do preço. Quando fazemos oferta, a procura é muito maior”, afirma.

No Archer, a situação é semelhante. O gerente do estabelecimento, Udo Wandrey, afirma que o local comercializa cervejas de 600ml em garrafas retornáveis de algumas marcas, mas a saída dos produtos é muito baixa se comparado com a versão em lata. “A procura está diminuindo ano a ano, as pessoas substituíram pelos descartáveis mesmo. Quando fazemos ofertas das retornáveis, a venda aumenta, mas nada muito significativo”.

Como a venda das cervejas em lata é muito maior, acaba puxando o preço do produto para baixo. “O volume de venda do descartável é muito grande, então, como volume faz preço, a diferença para a retornável ficou pequena”.

Apesar disso, Wandrey destaca que ainda há clientes que se mantém fieis à garrafa e, por isso, o estabelecimento continua vendendo produtos deste tipo. “Temos um percentual de clientes que ainda trocam as garrafas, dizem que o líquido é melhor na garrafa do que na latinha, por isso, continuamos vendendo. Mas a latinha se tornou mais prática, são poucas as pessoas que têm espaço para guardar garrafas em casa”.