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Ventos de renovação

Charles Louis de Secondat, conhecido como Barão de Montesquieu, pregava que o equilíbrio político de uma nação deveria se dar por um sistema de freios e contrapesos, em que as forças políticas pudessem exercer fiscalização e controle umas em relação às outras, evitando o absolutismo, ou seja, a concentração de poder na mão de uma […]

Charles Louis de Secondat, conhecido como Barão de Montesquieu, pregava que o equilíbrio político de uma nação deveria se dar por um sistema de freios e contrapesos, em que as forças políticas pudessem exercer fiscalização e controle umas em relação às outras, evitando o absolutismo, ou seja, a concentração de poder na mão de uma única pessoa ou um único grupo. Na semana passada, escrevi sobre a necessidade de curvar a vara da política brasileira, na intenção de colocar freio e contrapeso na tendência esquerdizante que nos domina há décadas. Pois bem: concluída a apuração das eleições no primeiro turno, há a nítida impressão de que a imensa maioria dos eleitores foi nessa direção. Além da votação expressiva de Bolsonaro no cenário nacional, que ainda vai disputar o segundo turno para a presidência, nos governos estaduais, senado e câmara há expressiva renovação.

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A grande surpresa em Santa Catarina foi a presença do Comandante Moisés no segundo turno e, de certa forma, Jorginho Melo no Senado, seguido de muito perto pelo ilustre desconhecido Lucas Esmeraldino, com o ex-governador Raimundo Colombo em quarto, fora da disputa. Santa Catarina renovou em muito a representação da assembleia legislativa e na câmara federal. Na onda de apoio a Bolsonaro, o PSL estará com ótima representação, numa assembleia que pende para a centro-direita, no que avalio como um claro movimento de curvatura da vara. Movimento similar se viu na maioria dos estados. Não foi apenas o comandante Moisés o nome novo que surpreendeu. No Rio de Janeiro, o pouco badalado Wilson Witzel fez surpreendentes 41,28 %. Em Minas Gerais, um tal de Romeu Zema, fez 42,73% dos votos, desbancando o governador Eduardo Pimentel, que ficou em terceiro. Para o senado também há vários nomes desconhecidos do cenário eleitoral.

Destaco ainda, em Santa Catarina, a eleição de deputados, tanto no âmbito federal quanto estadual, que fizerem campanha se opondo à esquerdização ideológica, especialmente contra o aborto e a ideologia de gênero. A deputada federal Caroline de Toni e a estadual Ana Caroline Campagnolo são bons exemplos. Esta última tem se destacado, há anos, pelo combate à ideologização do currículo escolar e também pelo antifeminismo, uma tendência vitoriosa nas urnas. O recado claro é que a população está farta dessas feministas radicais, abortistas e ideólogos de gênero, bem como da LGBtização da política.

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Em suma, considero extremamente saudável essa nova guinada política, que mostra o sentimento da imensa maioria do povo brasileiro. Independente dos resultados de segundo turno, temos a consolidação de uma tendência política de centro-direita, que vem para equilibrar e contrabalançar o cenário político nacional. Ela ainda precisa avançar muito para se consolidar, mas já mostrou que existe e que ocupar seu espaço. A democracia tem tudo a ganhar com esse processo de ajeitar as abóboras na carroça.