Ventos espalham fumaça e fuligem de incêndios por bairros de Brusque
Corpo de Bombeiros atendeu sete ocorrências de incêndio durante esta terça-feira
Leitores do jornal O Município avistaram fumaça e até fuligem em alguns bairros de Brusque nesta terça-feira, 26. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros de Brusque, tenente Jacson Luiz de Souza, os fortes ventos espalharam fumaça dos sete incêndios registrados nesta terça-feira.
Além das chamas que atingiram o bairro Santa Luzia, próximo da Unidade Prisional Avançada de Brusque (UPA), no Ribeirão Tavares, e nas cidades de Botuverá e Guabiruba; o comandante também afirma que foram registrados focos de incêndio no bairro Águas Claras, no Poço Fundo e na rodovia Antônio Heil, no bairro Nova Brasília.
Ele explica que mais de 20 bombeiros trabalharam durante toda a tarde para combater as chamas, mas elas ainda persistem e por isso ainda há equipes trabalhando em alguns pontos da cidade. “Estamos com baixa umidade, não chove, temos ventos muito fortes em certos momentos e a tendência é piorar nos próximos dias”.
Segundo ele, o helicóptero do Arcanjo sobrevoou os locais para dar apoio as equipes no combate as chamas. “Infelizmente são incêndios severos e conforme muda o vento vai atingir a cidade e vai causar um desconforto. Infelizmente é um preço que nós estamos pagando pela ação do homem”, declara.
Na avaliação do comandante, todos os incêndios podem ter contribuído com as fumaças vistas nos bairros da cidade, além do fogo que atinge um morro de Botuverá há vários dias.
Sobre o incêndio que atingiu o morro ao lado da rodovia Gentil Batisti Archer, o tenente comenta que o local tinha riscos de acidentes de trânsito devido à baixa visibilidade da via.
“O vento hoje é um vento que vinha do Sul do país. Então ali na [rodovia] Gentil Batisti Archer esse vento progrediu em direção ao norte atingindo toda a parte Norte e Leste da cidade. Guabiruba e Botuverá também tinham fogo, então acaba atingindo as cidades”, pontua.
O comandante pede apoio da população nesse momento. Souza lembra que estamos em um período de estiagem e crise hídrica e as ocorrências de incêndios demandam água para combater as chamas. “Já tem bairros sem água e temos que combater vários incêndios com uso de água inclusivo, além de outras técnicas. É uma água que pode fazer falta para população”.
Ele pede para que a moradores não faça limpeza de terreno com o uso de queimadas, não joguem xepa de cigarro nas margens das rodovias, além de não fazer acampamentos. “Estamos no meio de um isolamento social e as pessoas estão acampando e deixando fogueira. Isso tem causado incêndios também”, finaliza.