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Vereador alerta para escassez de atendimentos de psiquiatria em Brusque

Secretaria de Saúde tem cinco vagas para psiquiatras na rede municipal, mas três estão em processo de contratação

O vereador Ivan Martins (União) apresentou na sessão da Câmara de Brusque de terça-feira, 8, requerimento que foi aprovado por unanimidade solicitando a contratação de psiquiatras para atendimento dos profissionais de saúde que atuam na rede pública e para a população em geral.

“Recebi no meu gabinete pessoas que me trouxeram essa situação, que me deixou até triste. São pessoas que têm filhos com transtornos mentais, eu não sabia dessa situação. Vimos que Brusque está muito mal em relação à contratação de psiquiatras. Não tem atendimento no Dom Joaquim, no Azambuja também não e, na saúde pública, só tem um. Eram quatro, mas três pediram demissão. A demanda é muito grande, é realmente uma vergonha”.

No texto, Ivan destaca o agravamento do quadro de doenças mentais na cidade e também a crescente procura de atendimentos por fatores como depressão.

“Temos visto que as pessoas que mais necessitam são as que mais têm dificuldades de ser atendidos. O SUS é bancado por todos nós, então, toda a população, principalmente a mais carente, tem que ser atendida. Sabemos da dificuldade de contratar médicos, mas queremos pedir um empenho maior para o Executivo municipal para dar um atendimento mais preciso à população. A saúde vem evoluindo, mas ainda está longe do que precisamos”.

Atendimento no SUS e hospitais

A Secretaria de Saúde de Brusque esclarece que possui cinco vagas para psiquiatras na Rede Municipal de Saúde, o que está previsto na legislação, e destas, neste momento, três estão em processo de contratação. Em relação à procura, ela é considerável, e é possível perceber um aumento devido à pandemia. Apesar disso, a secretaria informa que tem conseguido suprir a demanda.

Gestor hospitalar do Hospital Azambuja, Gilberto Bastiani afirma que já entrou em contato com o vereador Ivan para apresentar a situação da unidade em relação à psiquiatria.

Segundo Gilberto, o hospital atualmente não tem psiquiatra pelo SUS, mas possui quatro leitos de saúde mental. “São casos mais leves, que são atendidos pelo clínico geral. Se for mais grave, o paciente tem que ser transferido para uma outra unidade”.

Gilberto destaca que o hospital tem plano de aumentar o número de leitos no setor para até 20, o que ainda está em fase de planejamento. “É necessário criar uma estrutura física e uma equipe para isso, mas é uma ideia que o Azambuja tem para o futuro”.

Administrador do Hospital Dom Joaquim, Raul Civinski conta que a unidade não conta com o especialista atualmente, mas que estaria disposta a acomodar um psiquiatra caso fosse solicitado pela Secretaria de Saúde.

“A gente tem o profissional, mas ele atende como clínico geral, ele não atende psiquiatria. O atendimento dessa especialidade é mais clínico e não demanda muito uma estrutura. Se tiver interesse do poder público, estamos abertos a ter o especialista”, diz.


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