Vereador cobra mais médicos legistas para o IML de Brusque
Demora na liberação do corpo do menino Kaique Heck da Silva motivou o debate
Demora na liberação do corpo do menino Kaique Heck da Silva motivou o debate
A demora na liberação do corpo do menino Kaique Heck da Silva, de seis anos, que morreu no último sábado, 18, após ser atropelado no bairro Poço Fundo, para o velório e sepultamento, foi um dos principais assuntos discutidos na sessão desta terça-feira, 21, da Câmara de Vereadores.
O vereador Ivan Martins (PSD) cobrou do governo do estado a nomeação de mais um médico perito para o Instituto Médico Legal (IML) de Brusque, já que hoje o município conta com apenas um profissional e dois auxiliares que trabalham de segunda a sexta-feira. O médico legista atua das 9h às 12h e o resto do dia fica de sobreaviso.
Por este motivo, aos sábados e domingos, o corpo das vítimas de acidente de trânsito, por exemplo, é encaminhado para o IML de Balneário Camboriú, já que Brusque não conta com profissionais de plantão aos fins de semana.
No caso do menino Kaique, a liberação do corpo para os trâmites funerários ocorreu quase 12 horas após a morte, o que causou indignação e ainda mais sofrimento à família.
“Brusque está entre as 10 maiores arrecadadoras de ICMS do estado e está sendo deixada de lado pelo governo. A prefeitura já teve que fazer convênio com a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros porque o governo não dá sustentação necessária e agora vamos ter que propor o convênio com o IGP para que essa instituição tenha condições de dar pleno atendimento à população”.
Martins lembra que o IML de Balneário Camboriú não consegue atender a demanda, já que é responsável por 14 municípios durante a semana e, mais seis aos sábados e domingos. “É um absurdo. Não existe possibilidade de dar um atendimento que as famílias precisam nesse momento de sofrimento”.
O vereador lembra que já houve concurso estadual para peritos e novos médicos para o IGP, entretanto, os novos profissionais ainda não foram nomeados, o que tem gerado transtorno para o município. “Não podemos ficar calados diante desta falta de consideração que o governo do estado tem com Brusque. Um profissional atendendo, não podemos aceitar”.