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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Vereador de Brusque diz que votará contra projeto de lei que assinou como co-autor

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Bastidores da política e do Judiciário, opiniões sobre os acontecimentos da cidade e vigilância à aplicação do dinheiro público

Vereador de Brusque diz que votará contra projeto de lei que assinou como co-autor

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Mudou de ideia
O vereador Leonardo Schmitz (DEM) assinou como co-autor o projeto de lei que estabelece a proibição a vereadores de assumir cargos comissionados no poder Executivo. Até a última sessão, quando o texto seria votado, não havia retirado essa assinatura. Não obstante, seu posicionamento agora é contrário ao projeto que contém sua assinatura, sob o argumento de alegada inconstitucionalidade do texto [Leia matéria na página 8].

Incoerência
Trata-se de uma incoerência assinar um projeto de lei e, pouco tempo depois, posicionar-se contra o mesmo projeto. Se o vereador acredita de fato na inconstitucionalidade do projeto, deveria ter promovido seu estudo jurídico sobre o caso antes de empregar nele a sua assinatura. Ao que parece, a mudança de ideia soa com caráter político, já que a direção de seu partido tem direcionado opiniões contrárias à lei.


Uso do brasão
Deve ser votado na próxima terça-feira, 25, a discussão de votação de projeto de lei, de autoria da vereadora Ana Helena Boos (PP), o qual estabelece regras para a utilização do brasão do município de Brusque. A votação foi adiada na terça-feira, 18, devido a um pedido de vistas formulado por Deivis da Silva (PMDB) e aprovado pelo plenário. O projeto estabelece, entre outras coisas, a proibição da alteração de cores, tonalidades ou forma do brasão do município, e a utilização de qualquer tipo de símbolo, frases e mensagens associadas.


Proteção contra incêndio
As agências de Brusque do Banco do Brasil contrataram a Indusbank Engenharia para promover a adequação de seus espaços físicos ao plano de prevenção e proteção contra incêndio. O valor do contrato, assinado em 5 de abril e que tem validade de 100 dias, é de R$ 105.578,25.


Recuperação de rodovia
A locadora de equipamentos para terraplanagem Dell’Agnolo foi a vencedora de licitação promovida pelo governo do estado, cujo objetivo é a contratação de empresa para execução de recuperação de escorregamento na rodovia SC-486, no trecho entre Brusque e Botuverá. A proposta apresentada pela empresa para execução dos serviços foi de R$ 48.908,41.


Congresso Pacto pelo Brasil
O Observatório Social de Brusque encaminhou para todos os vereadores do município um convite para participar do 1º Congresso do Pacto pelo Brasil e o 8º Encontro Nacional dos Observatórios Sociais (Enos). Os encontros acontecem entre os dias 8 e 11 de maio, na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. Os vereadores de Guabiruba também serão convidados.

Apresentações
No congresso serão apresentadas as calamidades encontradas nas gestões pública e empresarial, os fatores que favorecem a corrupção nestes segmentos e o impacto na qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão. Além disso, também serão mostrados os bons exemplos na gestão dos recursos públicos e será construída uma agenda positiva, com a participação das prefeituras, câmaras de vereadores, órgãos de controle, entidades empresariais e sociedade civil. Entre os principais participantes do congresso estão o juiz federal Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol.


EDITORIAL

Os feixes da corda

Diante de tantos fatos desanimadores noticiados diariamente, há um movimento interessante acontecendo aqui por Brusque. A união das entidades para alcançar objetivos comuns. Parece óbvio, mas não é. Não muito tempo atrás as entidades atuavam de forma mais isolada, puxando a sardinha para si, dividindo o espaço.

Enquanto cidades vizinhas uniam suas entidades e esforços para buscar recursos para si, por aqui pairava uma certa rivalidade. Não que as entidades de Brusque não eram representativas ou que não tenham contribuído para o desenvolvimento da cidade, mas a sua atuação independente minimizava a força coletiva.

Tal qual uma corda, que é composta por feixes de fibras trançadas, assim são as forças de uma sociedade. Quando mais feixes e quanto mais trançados, mais tração de carga a corda consegue suportar. Quanto mais entidades unidas, mas recursos e possibilidades elas vão conseguir puxar para cá.

Podemos dizer que o marco deste enlaçamento se deu com a criação do Observatório Social, em 2011. Naquele momento, mais de dez instituições se uniram para criar um elo comum, que auxiliasse os vários segmentos da cidade a lançar uma luz sobre as finanças dos poderes Executivo e Legislativo de nossa região.

Começou ali uma revolução silenciosa, que mudou a forma de gastar os recursos públicos. É claro que esta iniciativa não alcança as políticas públicas, que sempre acham um jeito de acomodar interesses escusos, mas foi um grande passo no sentido de disciplinar práticas inadequadas.

Não há um salvador da pátria e para conseguirmos resultados melhores, precisamos participar e nos unir mais

De lá para cá, muitas foram as iniciativas conjuntas com destaque para dois fatos recentes que foram noticiados aqui no jornal O Município. A vinda da Escola de Formação de Soldados e a sugestão da lei que impede um vereador de ocupar cargos no Executivo. Ambos estão escorados na participação ativa de entidades que buscam uma sociedade melhor e mais justa.

Na questão da escola de soldados, as entidades foram ainda mais longe, oferecendo benefícios para quem deseja ficar em Brusque. Num assunto tão velho e surrado, a união conseguiu uma solução para atrair mais efetivo, aumentando nossa segurança.

Isso só é possível quando todos querem o mesmo objetivo, quando o protagonismo não é mais importante que a realização, quando os egos estão humildemente controlados em função da causa ou missão.

Este movimento tem também uma aplicação didática, para entendermos de uma vez por todas que não há um salvador da pátria e que para conseguirmos resultados melhores, precisamos participar e nos unir mais, formando uma corda forte e resistente que puxe o desenvolvimento de nossa cidade para o futuro.

O vereador Ivan Martins fez uma boa provocação na Câmara de Vereadores esta semana. Aproveitou o manifesto dos empresários a favor do governo no caso do Instituto Aquila para convidá-los a participar permanentemente das ações da Câmara. Ele também entende que a união das forças, quando utilizadas para o benefício popular, são imbatíveis.

E, se o lado popular não se fortalece, é o lado dos poderes que cresce, sem perder a oportunidade de colocar a sua corda em nosso pescoço, tal qual fez com Tiradentes. Felizmente não temos mais execuções como na época do alferes, mas nossa inconformidade com o que estamos vendo supera em gênero, número e grau a dos inconfidentes.

Estes estavam revoltados com a política fiscal da época, que era de 20% de seu faturamento. Hoje pagamos o dobro disso e temos um tratamento público daquela época. Medieval. Sem contar a hedionda quadrilha de governantes e autoridades que assaltaram e assaltam nossa pátria.

Mas é de fio em fio, de feixe em feixe que temos que unir forças para coibir tais absurdos. Começa com pequenas ações, em nossa cidade, que a corda popular pode ganhar força e crescer apertando cada vez mais os benefícios e privilégios dos atuais carrascos de nosso país.

 

 

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