Vereador propõe que Prefeitura de Brusque divulgue lista de vacinados contra Covid-19
Secretário da Saúde acredita que medida “não contribui em nada”
O vereador Jean Dalmolin (Republicanos) apresentou projeto de lei para que a Secretaria de Saúde de Brusque publique a relação das pessoas vacinadas contra a Covid-19 na cidade.
A proposta é que o nome dos vacinados seja divulgado no site da prefeitura, explica Dalmolin. Ele explica que, por causa das denúncias de “fura-fila” em várias cidades, acredita que isso é importante para a transparência do processo.
“Temos ouvido notícias de fraude na vacinação em algumas cidades do estado. Eu vejo isso como um instrumento de controle para a prefeitura e para todos que querem receber a vacina”.
O projeto de lei foi lido em sessão ordinária nesta terça-feira, 16, e agora será encaminhado para a comissão de Constituição, Legislação e Redação. A expectativa, segundo Dalmolin, é que a primeira votação do projeto de lei aconteça já na próxima sessão, que acontece no dia 23.
Medida é desnecessária, diz secretário de Saúde
Para o secretário de Saúde de Brusque, Osvaldo Quirino de Souza, o projeto é “inoportuno” e que não agrega para o momento que a cidade passa.
“Na minha opinião, isso não contribui em nada, só serve para tumutuar. Precisamos de tanta gente para trabalhar, e colocar alguém para trabalhar nisso é desnecessário. Tem muitas outras coisas mais importantes para o poder público e os representantes da população se preocuparem”, diz.
Segundo ele, a vacinação na cidade está acontecendo de forma tranquila e sem muitos problemas. O secretário conta que as poucas denúncias de irregularidades que receberam, foram encaminhadas às autoridades competentes, o Ministério Público e a Procuradoria-geral do município.
“Diante de um cenário tão grave no país todo, é um evento de vacinação em massa, são muito poucas ocorrências. Aqui, está muito tranquilo. As pessoas estão compreendendo bem, respeitando a sua faixa etária, tudo muito transparente.”
No início de fevereiro, a Secretaria de Saúde registrou um boletim de ocorrência informando nomes de pessoas que teriam recebido a vacina no município sem fazer parte do grupo prioritário. De acordo com o delegado da Polícia Civil, Vitor Gustavo Alves Machado, a investigação deveria levar cerca de um mês.
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