Vereadora pede demissão de diretora de escola de Brusque acusada de perseguir monitora

Caso foi divulgado pelo jornal O Município na última quarta-feira

Vereadora pede demissão de diretora de escola de Brusque acusada de perseguir monitora

Caso foi divulgado pelo jornal O Município na última quarta-feira

A vereadora Marlina Oliveira (PT) se manifestou sobre a acusação em que a monitora de uma escola pública municipal de Brusque alega ter sofrido perseguição pela diretora e outras colegas de trabalho da unidade escolar.

O caso se tornou público após ser divulgado pelo jornal O Município. A reportagem teve acesso a áudios em que a diretora e as funcionárias da instituição teriam combinado advertências forçadas que a monitora teria que receber para ser demitida ou transferida de escola.

Leia a reportagem: Monitora de escola de Brusque alega ter sofrido perseguição por colegas de trabalho; ouça áudios

“Peço publicamente a demissão desta diretora. Esta pessoa incompetente para estar no lugar em que está precisa imediatamente ser afastada das suas funções de direção de escola”, cobrou a vereadora Marlina, em vídeo, divulgado nas redes sociais.

Ainda, no dia 12 de março de 2021, um boletim de ocorrência já havia sido registrado na delegacia por crime de injúria racial, em que a monitora afirma que escutou, de uma colega de trabalho a qual não conseguiu identificar, as seguintes palavras: “o que uma negra, monitora, faz na sala de coordenação se achando”.

Sindicato pede apuração

Em nota, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região (Sinseb) pede que “as suspeitas sobre os responsáveis pelos atos sejam criteriosamente investigadas”, e solicita, ainda, que seja incluída a lei municipal de Assédio Moral no Serviço Público.

Além disso, o documento cita a denúncia de injúria racial feita pela monitora, escrevendo que “nossa sociedade não suporta mais os preconceitos contra cor da pele, gênero ou qualquer manifestação de identidade”.

Consta ainda no pronunciamento, divulgado nas redes sociais do Sinseb, o link da reportagem do jornal O Município. A nota é assinada pelo presidente do sindicato, Orlando Soares Filho.

Confira a nota na íntegra:

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque e Região, representante legítimo de todos os Servidores Públicos Municipais, vem público manifestar e depositar seu total repúdio a qualquer tipo de assedio à integridade moral do Servidor Público no exercício de suas atividades Estatutárias e Constitucionais, bem como, contra a dignidade de qualquer Pessoa.

Os fatos relatados em matéria jornalística de importante periódico de circulação municipal destacam relevantes indícios de preconceito racial contra Servidora Pública ocupante do Cargo de Monitora Escolar.

As suspeitas sobre os responsáveis pelos Atos Imorais devem ser criteriosamente investigadas pelos procedimentos estatutários de inquéritos administrativos legais, incluindo a aplicação da Lei Municipal de Assedio Moral no Serviço Público, com garantias do amplo direito de defesa.

Nossa Sociedade não suporta mais os Preconceitos contra cor da pele, gênero ou qualquer manifestação da personalidade, da identidade e individualidade da pessoa humana.

Atenciosamente,

Orlando Soares Filho

Presidente do Sinseb


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