Vereadores cobram estudo para coibir alta velocidade na rua Padre Antônio Eising
Na semana passada, foi instalada uma lombada no ponto considerado mais crítico pelos técnicos
Na semana passada, foi instalada uma lombada no ponto considerado mais crítico pelos técnicos
A situação da rua Padre Antônio Eising, no bairro Azambuja, foi novamente tema de discussão na Câmara de Vereadores de Brusque recentemente. Desta vez, o vereador Cacá Tavares (Podemos) fez um requerimento solicitando à prefeitura um estudo, de forma urgente, com o objetivo de identificar os pontos mais críticos da via, em relação a alta velocidade e as soluções para o problema.
A rua é um dos acessos ao Hospital Azambuja, com um movimento intenso e grande número de acidentes. Só no ano passado, foram registradas três mortes no local. A velocidade é uma das principais preocupações dos moradores, que pedem a instalação de travessias elevadas em alguns pontos da via, na tentativa de minimizar os riscos.
“Este requerimento nasce da constante reclamação de moradores sobre os problemas de velocidade na via, que é extensa, de grande movimento, e conversando com os colegas aqui na Câmara, vários já relataram que fizeram pedidos para a prefeitura, mas até o momento nada foi feito”, destaca Cacá.
Além dele, os vereadores Ivan Martins (Republicanos), Alessandro Simas (PP), Jean Dalmolin (Republicanos) e Jean Pirola (PP) também cobraram uma solução da prefeitura para a rua na sessão do dia 28 de março.
“A colocação das travessias elevadas é importante não só para os moradores, mas para todos que passam pelo local. É lamentável ter que vir várias vezes pedir, porque a prefeitura não atende”, destaca Ivan Martins.
Levantamento realizado por Cacá, mostra que de 2021 para cá, foram realizados oito pedidos pelos vereadores para melhorias na rua Padre Antônio Eising. A maioria das solicitações são para instalação de lombadas ou faixas elevadas na via para coibir a alta velocidade.
Cacá afirma que é necessário um estudo detalhado sobre a via, para evitar que travessias elevadas e faixas de pedestres sejam instaladas em locais que não são viáveis, como já ocorreu recentemente.
“Fica um vereador pedindo uma coisa, aí outro vai lá e pede a instalação em outro local, e isso não é o ideal. Um estudo sobre o caso já poderia ter sido feito há muito tempo, para identificar onde precisa travessia elevada, onde precisa faixa de pedestres. Os vereadores pedem baseado na comunidade, mas não somos técnicos”, diz.
A professora Cléria Geib, moradora da rua, é uma das que cobra medidas de redução de velocidade.
“Temos idosos em casa que não podemos deixar atravessar a rua. Quando precisamos atravessar a rua, temos até medo”, conta Cléria. “A rua é uma geral, que liga ao Hospital Azambuja, e virou pista de corrida”, critica.
Ela relata que as placas redutoras de velocidade não são respeitadas pelos motoristas. O que os moradores querem são faixas elevadas ou lombadas em regiões em que há pontos de ônibus. “Eu sou professora e me preocupo com os alunos que pegam ônibus e precisam atravessar a rua”, finaliza a professora.
O diretor de Trânsito da Prefeitura de Brusque, Renato Bianchi, afirma que na sexta-feira, 31, foi instalada uma lombada no ponto considerado mais crítico pelos técnicos da pasta, próximo a saída do loteamento existente na via.
“Este é o ponto que mais gerava acidentes, inclusive, tivemos duas mortes ali. Fizemos a instalação de uma lombada, e por enquanto, não temos previsão de instalação de outras, até porque é um caminho dos veículos de emergência, então precisamos tomar cuidado para não atrasar o serviço de socorro até chegar ao hospital”.
O diretor destaca, ainda, que a rua está sinalizada e que os motoristas precisam respeitar os limites de velocidade.
“Essa questão da velocidade existe em todas as ruas do município, se for assim, precisaria de lombada a cada 50 metros. A reclamação na rua Padre Antônio Eising antes era porque a rua era de calçamento e atrapalhava, agora asfaltada é a velocidade. Existe a sinalização. Cabe a cada motorista utilizar a via com mais responsabilidade”.
Só no ano passado, três pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito na rua Padre Antônio Eising.
Em 27 de abril, uma colisão entre um carro e duas motos deixou duas pessoas mortas. Uma das vítimas, Denner de Moraes, de 24 anos, morreu ainda no local do acidente, e a outra, Andreia de Jesus Santos Grespan, de 29 anos, faleceu no hospital, após quatro dias internada.
Em outubro do ano passado, um novo acidente deixou uma vítima fatal. Marlene Merisio, 60 anos, foi atropelada por uma moto. Ela morreu logo após dar entrada no hospital.
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