X
X

Buscar

Vereadores criam projeto para valorizar prática do tiro ao alvo em Brusque

Proposta é de André Vechi (DC) e Deco Batisti (PL)

Projeto que estabelece a prática do tiro ao alvo como patrimônio histórico, cultural e imaterial de Brusque tramita na Câmara de Vereadores. O objetivo da proposta de André Batisti, o Deco (PL) e André Vechi (DC) é preservar e incentivar a prática no município.

Entende-se por patrimônio histórico, cultural e imaterial, “os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória e à história dos idealizadores da prática do tiro ao alvo”.

Desta forma, com esta lei, o poder público, de forma conjunta com a sociedade, fica comprometido a promover a proteção da prática do tiro ao alvo no âmbito municipal.

“A ideia da gente declarar isso como patrimônio histórico, cultural e imaterial do município surgiu de uma visita que eu fiz junto com o vereador Deco Batista e o deputado estadual Napoleão Bernardes no Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque”, conta Vechi.

De acordo com Vechi, o presidente do Clube de Caça e Tiro, Rogério Barbosa Nóbrega, apresentou informações sobre a história da prática do tiro ao alvo na região. Para os vereadores autores da proposta, é importante valorizar as pessoas que até hoje praticam a modalidade e preservam essa cultura viva no município.

“Temos os clubes mais antigos do país. O Dom Pedro II inclusive foi associado honorário do clube, eles possuem até um documento exposto dessa associação de direito. Diante da importância que a prática do do tiro tem para a cidade, vindo desde a nossa origem da colonização alemã, a gente entende que seria importante garantir que isso seja considerado um patrimônio histórico cultural e imaterial do município, reconhecendo essa prática como algo inerente à nossa cultura”.

O Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque foi criado apenas seis anos após a fundação da cidade de Brusque e fomentou a criação de uma identidade e foi um espaço de sociabilidade por décadas.

Na Segunda Guerra Mundial, ele teve seu nome original, Schützen-Verein, censurado e as atividades interrompidas pela campanha Nacionalista de Getúlio Vargas, mas se reergueu anos depois e manteve sua importância – é o mais antigo clube de Caça e Tiro em atividade no país. Na década de 1980, foi o palco da primeira Fenarreco, momento de celebração da cidade após a terrível enchente de 1984.

Além do Clube de Caça e Tiro Araújo Brusque, o mais antigo da América do Sul, com um nível competitivo alto e indoors, o município ainda tem a Associação de Caça e Tiro Esportivo Brusque (ACTEB), no Dom Joaquim, que é ao ar livre e mais voltada ao lazer.

No ano passado, na Alesc, foi aprovada a criação da Rota Turística do Tiro, que abrange 29 municípios, incluindo Brusque. A tradição é considerada uma herança trazida pelos colonizadores europeus a Santa Catarina.


Membros da Assembleia de Deus eram perseguidos nos primeiros anos da igreja em Brusque: