Bruno da Silva/O Município
Vereadores de Brusque refletem sobre resultados do primeiro turno das eleições
Além das disputas eleitorais, votação para candidatos fora da região e também xenofobia nas redes sociais foram assuntos na sessão
Durante a sessão da Câmara de Brusque desta terça-feira, 4, os vereadores de Brusque refletiram sobre o primeiro turno das eleições, que aconteceram no último domingo, 2.
Alguns vereadores se manifestaram destacaram e elogiaram outros colegas que participaram do pleito: Alessandro Simas (PP), Deivis da Silva (MDB), Jocimar dos Santos (DC) e Rogério dos Santos (Republicanos).
Deivis agradeceu à população pela sua votação, lamentou a não ida do governador Moisés (Republicanos), candidato apoiado pelo MDB, ao segundo turno e destacou a votação de seus colegas de partido.
Jocimar, que recebeu 6.589 votos para deputado estadual, alfinetou o prefeito Ari Vequi (MDB). “Fizemos a nossa parte. Fomos à luta. Estou muito satisfeito, aumentei muito minha votação em relação a 2020. O prefeito falou que eu não faria nem 2 mil votos, e fiz quase 7 mil. Saio tranquilo. A população de Brusque me aprovou”.
Ele ainda afirmou que o DC está trabalhando para disputar à prefeitura em 2024.
Marlina Oliveira (PT) destacou as votações do partido para o Legislativo, destacando o ex-prefeito Paulo Eccel, que ficou como segundo suplente à Alesc, e também a ida ao segundo turno de Décio Lima e Lula. “É motivo de muita alegria e muito orgulho”.
O vereador Jean Pirola (PP) ressaltou a votação recebida pelo ex-prefeito Dr. Jonas e por seu colega de partido, Alessandro Simas, que pleiteou vaga na Câmara dos Deputados. “Brigar com aqueles que já têm mandato, um grande arsenal de cabos eleitorais e dinheiro em caixa é muito difícil. Infelizmente Brusque ficou mais uma vez sem representante. Novamente vamos ficar com o penico na mão. É uma pena”.
Ele também falou em resgate das figuras do patriotismo. “Até o ex-presidente Lula aderiu às cores da bandeira do Brasil”, brincou.
Voto para ‘forasteiros’
O vereador André Rezini (Republicanos) lamentou a votação alta de brusquenses para candidatos de fora de Brusque e região.
“Sabemos da dificuldade que é disputar uma campanha contra deputados já eleitos, estrutura grande. Tivemos muitos votos de Brusque para fora. Tem que ser respeitada, porque a eleição é estadualizada. Mas, dos dez deputados estaduais mais votados na cidade, 18 mil foram para candidatos de fora. Para federal, foram 27 mil. É uma quantidade grande”.
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Casos de xenofobia nas redes sociais
Cassiano Tavares, o Cacá (Podemos) lamentou uma série de ataques xenofóbicos nas redes sociais contra o Nordeste e nordestinos por causa da porcentagem de votação que a região deu para Lula, candidato do PT à presidência.
“Algumas pessoas se veem no direito de xingar alguém que votou diferente. Vi muitas pessoas nas redes sociais fazendo o mesmo e fiquei chocado. É um delírio coletivo, parece uma doença que algumas pessoas estão vivendo. Mais de 27 milhões de pessoas de Sul e Sudeste votaram em Lula, mais de 1 milhão aqui em Santa Catarina. Li gente inteligente e estudada falando que não vai mais para o Nordeste por causa disso. Que bom para os nordestinos. Esses ataques não são só de xenofobia, mas também de soberba, burrice e falta de raciocínio lógico. Todos nós convivemos com pessoas que votam diferente”.
Pirola disse que recebeu inclusive mensagens com esse teor em suas redes sociais e que repreendeu as pessoas que fizeram isso. “É inadmissível e inaceitável. Empresários disseram que vão demitir funcionários nordestinos por causa disso. Independente da cor partidária, somos todos brasileiros. Sou de direita, combato à esquerda, mas não poderia deixar de me manifestar em nome, principalmente de baianos e paraenses, que sofreram ataques xenofóbicos de pessoas insensíveis. Me sinto envergonhado e peço desculpas por essas pessoas”.
Marlina também comentou sobre o assunto. “Tive notícias até em escolas dessas práticas violentas. Precisamos de paz e que a vida das pessoas melhore”.
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