Vereadores de Brusque rejeitam moção contrária à PEC que estabelece teto para gastos públicos

De autoria do vereador Valmir Ludvig, moção gerou muita discussão durante a sessão de terça-feira, 1

Vereadores de Brusque rejeitam moção contrária à PEC que estabelece teto para gastos públicos

De autoria do vereador Valmir Ludvig, moção gerou muita discussão durante a sessão de terça-feira, 1

A sessão da Câmara de Vereadores corria tranquila até próximo do fim, mas a moção de autoria do vereador Valmir Ludvig (PT) em apoio à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que emitiu nota contrária a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 – que limita a partir do próximo ano o teto de gastos públicos do governo -, gerou discussão entre os legisladores. Agora, depois de aprovada na Câmara dos Deputados, a PEC recebeu nova numeração ao passar a tramitar no Senado: 55.

Grande parte dos vereadores usou a tribuna para se manifestar sobre o assunto. Ivan Martins (PSD) foi o primeiro a se posicionar contrário à moção de Ludvig. De acordo com ele, a CNBB “perdeu a oportunidade de ficar calada”. “Eles dizem que a PEC 241 não foi discutida com a sociedade, mas não vi em épocas passadas a CNBB questionar porque o governo não discutiu com a sociedade o investimento furado em Cuba, em Pasadena”.

O vereador Celso Emydio (DEM) também manifestou voto contrário à moção de apoio a organização católica. “A PEC é um remédio extremamente amargo, mas no momento é uma das soluções para tentar colocar o país nos eixos”.

Jean Pirola (PP) afirma que se a Saúde e a Educação estivessem boas, a discussão seria válida. “A Saúde e a Educação já vem ruim há muito tempo, e agora estão querendo dizer que vai ficar ruim com a PEC. Isso que temos que analisar”.

Contra a PEC

Por outro lado, a vereadora Marli Leandro (PT) defendeu a aprovação da moção de apoio a CNBB. De acordo com ela, a PEC vai interferir diretamente na vida dos trabalhadores. “Vão tirar da população, fazer com que ela pague a conta enquanto que no topo da nossa pirâmide social não vão mexer. Não vão mexer no grande capital, nas instituições financeiras”.

Já vereador Isaías Vechi (PT) concorda com a nota contrária a PEC. “A história vai falar, daqui cinco anos vamos ter um caos no país”.
Guilherme Marchewsky (PMDB) também se manifestou a favor da moção. “A PEC vai tirar o investimento real e nós precisamos de investimento na Educação e Saúde. Se querem limitar gastos, que limitem no Congresso, no Senado, não tirem da população”.

Autor da moção, Ludvig expôs os motivos pelo qual é contrário a PEC 241. “A PEC pega dinheiro da Saúde e da Educação. Vão tirar dinheiro daí, serão 20 anos assim. Penso que a nota foi feita por gente que pensou e sabe das consequências dessa mudança”.

Após longa discussão, a moção foi rejeitada por 7 votos contra e 6 a favor.

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