Vereadores de Brusque retornam de recesso em clima conturbado; eleição amplifica tensões
A Câmara de Brusque retorna com as sessões ordinárias e as suas atividades normais na próxima semana, e este deverá ser o retorno do recesso mais movimentado desde o início do mandato.
Isso porque o aparente respeito e harmonia que existia entre os vereadores se dissipou completamente desde o fim do ano passado, quando o vereador Gerson Morelli, o Keka, se recusou a convocar sessão extraordinária para eleger o novo presidente da Câmara.
Ele permanece, desde então, como interino, após a renúncia de José Zancanaro.
Os ânimos, neste começo de ano, estão acirrados. Keka postula-se como candidato à presidência, inclusive com o apoio do bloco de oposição, o que tem desagradado o candidato do governo, vereador Ivan Martins, já que havia um acordo entre os vereadores da base do governo para que Martins assumisse a presidência logo após a renúncia de Zancanaro.
O fato de ser um ano eleitoral, em que a maioria no Legislativo buscará a reeleição, também contribui para a troca de farpas que se avizinha.
Outro fator que põe mais lenha na fogueira do Legislativo, cujos grupos estão bastante fragmentados – mesmo na oposição, não há um só projeto de poder -, é a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades nos contratos de distribuição de cestas básicas e de parte da merenda escolar de Brusque.
Criada no fim do ano passado, a comissão terá andamento logo no início deste ano. Como CPIs costumam se prestar mais a palanque político do que investigação de fato, este é mais um palco onde as tensões podem aflorar.