Vereadores de Guabiruba não aceitam receber salário de professor
Proposta para reduzir vencimentos dos parlamentares foi rejeitada por quase unanimidade
Proposta para reduzir vencimentos dos parlamentares foi rejeitada por quase unanimidade
Os vereadores de Guabiruba não aceitaram a proposta de receber o mesmo salário pago a um professor que atua no município: R$ 2.135.
Eles decidiram isso em sessão realizada nesta terça-feira, 21, na qual foram aprovados os projetos de lei que fixaram a remuneração dos agentes políticos que serão eleitos em outubro.
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Em vez disso, eles irão receber o mesmo que já recebem hoje: R$ 4.374,30.
A proposta de redução salarial foi apresentada pelo presidente da Câmara, vereador Felipe Eilert dos Santos (PT). Ele sugeriu verbalmente uma emenda que reduziria à metade o salário pago aos vereadores, como forma de se equiparar ao piso do magistério de Guabiruba.
Mas todos os seus colegas votaram contra a proposta, incluindo os vereadores da base do governo, além da oposição ao governo Matias Kohler (PP).
“Como gostam de comparar a gente com a Alemanha. A Alemanha não paga pelos seus vereadores”, disse o presidente da Câmara, durante a sessão, ao justificar a proposta. “Então eu vejo que um salário de R$ 2.135 seria justo, em minha opinião”.
Ele disse que já havia apresentado a proposta, reservadamente, nas reuniões das comissões que analisaram o projeto, e que lá ela já havia sido rejeitada. No entanto, apresentou novamente a emenda durante a sessão com objetivo de torná-la pública.
Justificativas da proposta
O vereador Felipe diz que a redução salarial dos agentes públicos é uma demanda das manifestações que tomaram conta do país nos últimos anos.
“Acho que é um salário adequado ao trabalhador, em vista da situação econômica do nosso país, visto que a iniciativa privada tem dado sua cota de sacrifício, e o poder público também pode fazer sua parte”, disse. “Equiparar o salário do vereador com o de professor, que é uma profissão digna, não é ferir ninguém, não é desprezar ninguém”.
Ele afirma que respeita a opinião dos vereadores que votaram contra sua proposta, pois acredita que é uma questão pessoal de cada um. Nos bastidores, parlamentares ficaram incomodados com o fato da proposta ter sido apresentada publicamente.
“Também espero que respeitem minha opinião. Se eles acharam ruim, não tenho que dar satisfação a vereador nenhum, eles que assumam seus atos e suas consequências”, conclui o presidente da Câmara.
Como ficam os salários
Pela legislação em vigor, a Câmara deve fixar os salários que vigorarão durante o próximo mandato, incluindo o dos vereadores, dos secretários municipais, do prefeito e do vice-prefeito.
Conforme os projetos de lei aprovados, os subsídios para esses cargos públicos mantiveram-se congelados. A lei contempla que os secretários municipais nomeados pelo próximo prefeito receberão R$ 6.331,22.
Já o prefeito receberá subsídio mensal no valor de R$ 16.691,41, e o vice-prefeito receberá R$ 7.482,36.
Em relação aos vereadores, a Câmara definiu ainda duas particularidades. Uma delas é que a ausência sem justificativa a uma das sessões legislativas significará um desconto de R$ 950 no subsídio mensal.
Também ficou definido que, além do subsídio normal, o próximo presidente da Câmara de Guabiruba receberá uma gratificação de R$ 1.312,29, a titulo de representação do poder Legislativo, bem como o desempenho das funções administrativas do parlamento.