Vereadores discutem reajuste do valor da taxa de lixo em Brusque
Aumento de 4,25% deve começar a valer a partir de março
A autorização da Prefeitura de Brusque para o aumento da tarifa de lixo no município em 4,25% foi debatida pelos vereadores durante sessão ordinária desta terça-feira, 9.
O novo valor começa a valer a partir de 3 de março. O decreto foi publicado na sexta-feira, 5, no diário oficial. Com o aumento, a taxa em Brusque vai passar dos R$ 34.
A vereadora Marlina Schiessl (PT) enviou expediente ao prefeito Ari Vequi (MDB) sugerindo que fossem congeladas todas as tarifas dos serviços públicos próprios ou prestados por concessionárias durante o ano de 2021.
Ela citou a pandemia como causadora da diminuição do poder de compra da população, que já lida com aumento de produtos do dia a dia, como alimento, gás e gasolina.
“Precisamos nos perguntar: “a população terá mais um encargo?”. O valor da taxa de lixo é maior que o da água, e moradores relataram dificuldades do caminhão chegar nos locais”, disse.
Marlina lembrou que outros municípios da região pagam menos que a tarifa de Brusque. Ela defendeu que, mesmo o reajuste estando em contrato, é necessário que a prefeitura tome uma atitude para que o reajuste não aconteça.
“É possível identificar que alguns prefeitos resolveram não ceder ao aumento da taxa e mantiveram os valores. Vai esbarrar na questão judicial, contudo, em tempos de crise, precisamos tomar medidas drásticas. É importante o município pensar que não é o momento de aumentar essas taxas”.
O reajuste foi calculado considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no período de janeiro a dezembro de 2020, que ficou em 4,25%.
O vereador Rick Zanata (Patriota) também fez um pedido de informação junto de outros vereadores sobre este aumento. Ele disse que recebeu reclamações da população citando o valor menor em outras cidades. Zanata, porém, disse que analisou o contrato e a empresa pode entrar na justiça para cobrar e teme que o valor possa ficar ainda mais caro para a população.
Disparidade com cidades vizinhas
André Batisti, o Deco (PL), sugeriu que a Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir) seja chamada para explicar porque cidades da região pagam um valor tão menor em relação a Brusque.
“Blumenau tem uma taxa de R$ 18, é uma disparidade muito grande. Precisamos discutir, quem sabe trazer a Agir, quem regula isso, explicar porque Blumenau paga tão menos que a gente”
O vereador Nik Imhof (MDB) lembrou que várias cidades da região que destinam o seu lixo para Brusque. “Por que pagamos mais sendo que a gente recebe todo o resíduo de cidades vizinhas?”, indagou.
Ele também relatou que algumas pessoas estão pagando mais de uma taxa por terem mais do que uma construção dentro do terreno, ponto que, para o vereador, deveria ser revisto.
Receba notícias direto no celular entrando nos grupos de O Município. Clique na opção preferida:
• Aproveite e inscreva-se no canal do YouTube