Vereadores pedem levantamento de gastos da Recicle para entender aumento da tarifa do lixo

Eles também devem realizar uma visita ao aterro de Brusque

Vereadores pedem levantamento de gastos da Recicle para entender aumento da tarifa do lixo

Eles também devem realizar uma visita ao aterro de Brusque

Os vereadores de Brusque emitiram um ofício solicitando um levantamento dos gastos da Recicle. O objetivo é entender os custos da empresa e a justificativa para o aumento da taxa da coleta de lixo na cidade. O assunto também foi um dos temas debatidos na sessão da Câmara de Vereadores desta terça-feira, 4.

A tarifa aumentou em 4,25% após autorização da Prefeitura de Brusque e o novo valor começou a valer a partir de 3 de março. Com o aumento, a taxa em Brusque passou dos R$ 34.

Os vereadores André Batisti, o Déco (PL), André Vechi (DC) e Marlina Oliveira Schiessl (PT) se reuniram com representantes do Grupo Veolia, que recentemente adquiriu a Recicle, na sexta-feira, 23, para discutir o assunto.

Segundo Déco, no documento, que deve ser assinado por todos os vereadores e entregue à Recicle até esta quarta-feira, 6, os vereadores solicitam a planilha de custos, os locais por onde os caminhões passam, quantos veículos são utilizados, quantos quilômetros são rodados para coletar o lixo, além do critério utilizado para cobrar a tarifa da coleta.

Reclamações

“Temos muitas reclamações de uma casa recebendo duas cobranças. Às vezes a pessoa tem uma casa e uma área de festas juntas e eles podem estar caracterizando como duas unidades consumidoras. Queremos saber qual critério estão usando para fazer isso. No meu ponto de vista está errado, mas precisamos de todos os dados para levar essa explicação para população e cobrar que seja feito o certo, se estiver errado”, explica o vereador do PL.

Ele esclarece que durante a reunião foram debatidos alguns pontos sobre possíveis irregularidades na coleta como o aumento da tarifa, a cobrança em duplicidade em algumas casas e residências fechadas que estão pagando a taxa.

“A tarifa é mais alta do que cobrada na região e a gente não tem transbordo, que é quando você passa para um caminhão maior e leva para o aterro. Aqui o caminhão vai direto para o aterro em Brusque”.

Sobre as casas fechadas que pagam a tarifa de lixo, Deco afirma que “uma casa em aluguel que está fechada não tem o fator gerador que é o lixo”. Ele compara que a água e energia também passam pelo local, mas não são utilizadas. “Ele vai pagar uma taxa básica, mas não vai pagar pelo uso. A pessoa não usa a coleta de lixo, mas paga normal como todo mundo. Por isso pedimos uma explicação”.

Segundo Deco, após o pedido de dados pelo ofício, os vereadores também pretendem realizar uma visita in loco no aterro. “Outra denúncia que tivemos, e foi uma coisa que aconteceu comigo, é a coleta seletiva sendo feita com o caminhão comum que esmaga o lixo e mistura tudo”.

De acordo com o vereador, a empresa comentou na reunião que por falta de funcionários e devido à pandemia da Covid-19, não foi possível disponibilizar mais caminhões neste período.

Agir esclarece

A Agência Intermunicipal de Regulação do Médio Vale do Itajaí (Agir) foi convidada para participar da sessão na Câmara de Vereadores desta terça-feira, 4. O convite foi feito após requerimento de Deco Batisti para responder aos questionamentos sobre o assunto.

O diretor geral da Agir, Heinrich Luiz Pasold apresentou as cláusulas do contrato da empresa Veolia com a cidade de Brusque e também alternativas para rescisão ou revisão do vínculo. Ele destacou que a agência não tem autoridade para decidir sobre a continuidade da concessão.

Pasold também apresentou justificativas para o valor da taxa de lixo em Brusque, a maior entre os municípios da região da Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí (Ammvi). Segundo ele, Brusque é uma das únicas cidades da região que tem um acordo com concessão, enquanto as outras participam de um consórcio.

Por conta disso, a tarifa de Brusque é mais alta porque a empresa que trabalha na cidade precisa pagar impostos que são isentos dos consórcios. Ele ressaltou que a cidade não entrou neste acordo do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi) porque o contrato com a Recicle já estava em vigor.


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