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Veterinária dá orientações de cuidados com cães e gatos durante o verão em Brusque

De acordo com a profissional, animais são mais sensíveis com o calor que o ser humano, por isso são necessários cuidados

Com eventos de calor extremo durante o verão brusquense, surge a necessidade de redobrar os cuidados com os cães e gatos de estimação. A médica veterinária Débora Pinheiro Campos da Silva, que atua na Clínica Cães e Gatos, em Brusque, conversou com o jornal O Município e deu orientações aos donos de animais durante o período de altas temperaturas.

Enquanto Brusque atingiu sensações térmicas de 60ºC em fevereiro, é necessário um cuidado maior com os bichos, já que eles não transpiram como os seres humanos por não possuírem grandes quantidades de glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção do suor.

“Eles são mais sensíveis que o ser humano. A temperatura de alguns deles é superior à das pessoas, variando de 38 a 39ºC. A dissipação de calor nos animais ocorre nos coxins, que são as almofadas debaixo das patas, pela troca respiratória e por algumas glândulas pelo corpo”, explica.

Débora diz que o principal cuidado que se deve ter com os animais durante o calor é oferecer água fresca para que eles possam beber. Ela destaca que é bom o animal ter mais de um local para beber água.

“Pode oferecer água gelada ou até mesmo colocar cubos de gelo. A troca de água deve ser feita várias vezes ao dia. O animal também pode ser refrescado através do banho fresco, principalmente molhando as patas e a parte de baixo do abdômen”.

Cuidados para cães e gatos são diferentes?

Débora diz que normalmente os gatos ficam em casas fechadas ou apartamentos, o que acaba proporcionando mais locais com sombras para eles, e que os cuidados são idênticos de um para outro.

Porém, uma questão importante com os gatos é o cuidado com o pelo deles, pois uma lavagem pode causar desconforto.

“Como eles têm o hábito de se lavar, isso pode ser desconfortante para eles. O cachorro não tem esse costume, então eles podem ser molhados nas patas com frequência, eles gostam disso. Em alguns casos, dependendo do ambiente, eles entram e lagoas e riachos, já os gatos gostam de ficar em lugares frescos e altos”.

Animais em canis

Débora enfatiza que animais criados em canis ou em locais onde não podem sair também devem ter cuidado especial. Ela diz que, nesses casos, o piso pode ser molhado para diminuir a temperatura do chão, e o animal pode passear durante o dia para não ficar preso.

“Alimentos como sachês podem ser congelados e oferecidos para eles tomarem como se fosse um picolé. O ar-condicionado ou ventilador também podem ser usados para diminuir o calor”, orienta.

Desidratação e outros problemas

Quando o animal é exposto a um ambiente de calor extremo por muito tempo, podem surgir complicações para a saúde dele.

Débora explica que os animais podem ter hipertermia, que é o aumento excessivo da temperatura em pouco espaço de tempo, e podem ter desidratação.

“Normalmente, esses sinais são percebidos quando o animal começa a ficar apático, com perda progressiva de apetite, aumento da frequência cardíaca e respiratória, ou seja, ele vai ficar com a língua para fora o tempo inteiro para tentar compensar o calor, e os olhos secos. Além disso, a pele do animal também perderá a elasticidade. Caso surja algum destes sinais, o animal deve ser levado imediatamente para o atendimento clínico, pois ele pode sofrer problemas maiores, como insuficiência renal”, diz.


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