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Prefeitura de Brusque aponta ações para reduzir impacto das cheias na rua João Heil

Águas que vêm de cemitério serão canalizadas para caixa e obra privada será embargada

Em reunião com moradores da rua João Heil, no bairro Nova Brasília, o vice-prefeito Ari Vequi afirmou que serão tomadas medidas de curto prazo – entre esta e a próxima semana – afim de solucionar de maneira imediata uma parte dos problemas das cheias as quais a comunidade vem sofrendo.

O encontro foi realizado na noite de quarta-feira, 18, e contou, além da presença de Vequi, com os vereadores Paulo Sestrem (PRP) e Claudemir Duarte, o Tuta (PT), bem como a equipe técnica da Secretaria de Obras. Cerca de 30 moradores fizeram parte da discussão.

Segundo Vequi, duas atitudes serão tomadas. A primeira diz respeito às águas que escoam na rua e provém do cemitério da Paróquia Santa Terezinha, e serão canalizadas para uma caixa do outro lado da estrada.

“Isso vamos fazer com recursos próprios do município. Vamos tirar essa água do cemitério, fazer ela cortar a pista (da rodovia Antônio Heil), levando para o outro lado, eliminando boa parte da água que cai aqui dentro da bacia”, diz.

Morador da rua, Cleber Luiz Fischer acredita que essa alteração já irá aliviar a situação. “Foi uma promessa feita em janeiro, mas que só agora deve ser colocada em prática, estamos aqui justamente para cobrar isso. Tirando essas águas que escoam aqui nossa rua precisará drenar somente a chuva que cai nela, o que amenizaria”, diz.

A segunda medida será embargar uma obra particular que é feita no morro logo atrás da rua João Heil. A empresa está ampliando a estrada que dá acesso à associação e as águas foram canalizadas em direção à comunidade, potencializando as cheias.

“Vamos explicar ao investidor que essa construção está criando problemas, a drenagem não está suportando e portanto teremos que interromper até que possamos resolver os problemas da rua”, explica.

Liberação de obra controversa
Embora haja agora um consenso dos representantes da prefeitura de que a obra realizada no morro é prejudicial à comunidade do bairro Nova Brasília, o investidor conseguiu as licenças da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) e da Defesa Civil para atuar no local.

Essa situação causou indignação tanto na comunidade quanto nos vereadores presentes. “Precisa abrir um processo administrativo contra o técnico que autorizou isso. É inadmissível”, afirmou Sestrem. “Para uma obra dessa é preciso um estudo de impacto, e o impacto por enquanto está caindo na testa dos moradores” completou Tuta.