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VÍDEO – Alunos de creche de Brusque fazem recepção carinhosa aos funcionários da Recicle

Ideia surgiu após professora do CEI Professora Helga Stoltenberg perceber o interesse dos pequenos quando o caminhão do lixo passava

Devido ao interesse e encanto das crianças com o caminhão de lixo, a turma do Berçário II A do Centro de Educação Infantil (CEI) Professora Helga Stoltenberg, resolveu fazer uma surpresa aos colaboradores da Recicle de Brusque. Nesta sexta-feira, 9, os profissionais foram recebidos na creche com cartazes agradecendo o carinho e trabalho prestado, além de um café preparado especialmente para eles.

A proposta surgiu com o projeto “Contos que Encantam – uma viagem pelo mundo da imaginação”. A professora responsável pela proposta foi Niqueli Cristiane Antunes, prô Nick. Ela conta que foram apresentados alguns livros relacionados aos clássicos infantis.

Um dos livros trabalhados foi Os Três Porquinhos, e versões do clássico como
O Lobo Esportista e os Três Porquinhos, O Lobo Mingau, e O Lobo de Todas as Cores. Para contextualizar a história com a empresa, a prô Nick fez com que o caminhão da Recicle fosse até a floresta encantada.

Crianças ficaram eufóricas com a chegada do caminhão de lixo | Foto: Eliz Haacke/O Município

“Por meio do jornal, os moradores da floresta souberam que teria uma novidade. A novidade era o caminhão da Recicle que passaria por lá para fazer a organização da floresta. Nós sempre colocamos para criança o faz de conta e imaginário, mas trazemos o mundo real também. Nisso apresentamos o caminhão que é a empresa que faz esse serviço na cidade”, explica.

Confira outros projetos da escola:
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Segundo ela, desde os primeiros momentos das crianças no CEI são observadas as reações e demonstrações de interesse. A prô Nick notou que os pequenos ficam eufóricos quando o caminhão passa na rua em frente a creche, no bairro Primeiro de Maio, para recolher o lixo.

“Partindo desta constatação, passamos a realizar conversas durante a passagem do caminhão em frente ao CEI, explicando às crianças a razão pela qual o caminhão passava”, explica.

Crianças conheceram o trabalho da Recicle antes da visita |Foto: Eliz Haacke/O Município

Retribuição do carinho

O interesse das crianças acabou chamando atenção dos colaboradores da Recicle, que a cada coleta estreitavam os laços de carinho com os pequenos.

“O motorista, ao passar em frente ao CEI, anunciava sua chegada com a buzina e no retorno passava lentamente, parando a coleta, e neste momento todos os colaboradores interagiam com as crianças por meio de acenos e sorrisos, além da buzina, ações que deixam elas muito encantadas”. Devido à pandemia, a interação acontece à distância.

A professora explicou a proposta para gestão do CEI e entrou em contato com a Recicle/Veolia. Ela apresentou o projeto, cuja intenção era retribuir o carinho dos colaboradores, e recebeu a autorização da empresa.

Reconhecimento

Para englobar a história com o mundo real, a prô Nick chamou os coletores de lixo que fazem a rota em frente a escola para um café com os pequenos. Quando o caminhão da Recicle chegou, os pequenos fizeram uma bela recepção aos colaboradores com muita festa. Inicialmente, os pequenos estranharam a presença dos colaboradores, mas com o tempo foram se acostumando e até pediram colo.

Para Juarez Rodrigues dos Santos, de 42 anos, a proposta é boa tanto para as crianças como para os funcionários da Recicle. Trabalhando na empresa há três meses, o motorista do caminhão diz que ficou contente com o convite. “Quando a gente passa e buzina eles ficam todos felizes”.

Pequenos ficaram encantados com a visita | Foto: Eliz Haacke/O Município

Já Rubeni Almeida Silva, 28, que atua na empresa há sete meses, diz que todas as crianças que veem o caminhão da Recicle chegando ficam contentes. “Somos bem recebidos por onde passamos, todos nos tratam super bem. Ficamos muito felizes em participar dessa festa”, salienta.

“É um reconhecimento dos coletores com as crianças. Tem muita gente que discrimina nosso serviço, mas temos pessoas que nos reconhecem. É bom para nós sermos reconhecidos”, diz o colaborador Atevaldo Henrique Valescosto Costa, 18, que está na Recicle há um mês.

Os coletores afirmam que recebem muitos xingamentos e ameaças, pois não podem levar o lixo seletivo. No entanto, apesar dos casos em que sofrem preconceito, eles afirmam que a maioria das pessoas valorizam o trabalho desempenhado por eles. “No final de ano ganhamos vários presentes”, conta Juarez com sorriso no rosto.

Da esq. para dir.: Atevaldo, Rubeni e Juarez ficaram encantados com a recepção dos pequenos | Foto: Eliz Haacke/O Município

Avaliação positiva

A diretora do CEI, Ivana Pereira dos Santos explica que quando recebeu a proposta do projeto ficou empolgada e concordou em aplicar a ideia.

“Foi o ápice esse momento. Precisamos valorizar a profissão deles e isso traz para as nossas crianças a questão de desenvolvimento, de humanização, que é algo muito importante. Eles são tão pequenos e se nós não começarmos já desde pequenos a fazer essa integração e humanização, no mundo em que vivemos, não teremos uma perspectiva boa”, pontua.

 

Crianças ficaram contentes com a visita | Foto: Eliz Haacke/O Município

Tatiana Grippa, a coordenadora pedagógica, diz que quando a prô Nick chegou com a ideia, elas debateram e aprimoraram o projeto. Ela enfatiza que todos os demais professores do CEI trabalham com propostas voltadas para o desenvolvimento de cada criança.

Para a prô Nick, ver o encantamento dos colaboradores da Recicle com a homenagem e poder conhecer um pouco mais da história de cada um foi incrível. “Com certeza as crianças fizeram a diferença no dia de cada um mostrando todo o respeito por essa profissão tão importante. Com toda certeza a proposta realizada foi um sucesso”, avalia.

Devido à pandemia, e seguindo o Plano de Contingência da Educação (Placon-Edu), o projeto foi realizado apenas com a turma da prô Nick. Ela explica que as demais crianças do CEI também demonstram interesse pelo caminhão do lixo. Com isso, ela acredita que no futuro será possível expandir o projeto, “tão logo a “normalidade” seja restabelecida, com atendimento presencial de 100% das crianças”.

Pequenos ficaram encantados com a visita | Foto: Eliz Haacke/O Município

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