VÍDEO: Cachorro do mato tratado no Parque Zoobotânico de Brusque é reintegrado à natureza
Ele foi encontrado no início de junho no bairro Lageado Baixo, em Guabiruba
Na última semana o Parque Zoobotânico de Brusque realizou a soltura de mais um animal recuperado pela equipe da clínica veterinária do local. O cachorro do mato foi encontrado no início de junho no bairro Lageado Baixo, em Guabiruba e ficou em tratamento durante dez dias.
“Ele chegou aqui sem mobilidade dos membros anteriores. Fizemos raio-X no hospital veterinário SOS Animais, onde temos parceria. Chegamos a um diagnóstico e fizemos um trabalho de recuperação com ele. No dia 22 de junho conseguimos devolvê-lo à natureza”, explica a veterinária Milene Zapala.
Este é um dos 59 animais que foram resgatados pela Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) ou apreendidos pela Polícia Ambiental e chegaram ao Parque Zoobotânico este ano.
Alguns são animais de vida livre que estão com alguma lesão e outros que são de cativeiros, como por exemplo, o papagaio verdadeiro, precisam ser readaptados em recintos com outros da mesma espécie ou são encaminhados para outros zoológicos, podendo ter melhores condições de vida.
“Nosso trabalho é recuperar os animais de vida livre e se possível soltá-los novamente ao seu habitat. Mas nem sempre é o que acontece. Alguns chegam muito debilitados e acabam falecendo. Outros não sobreviveriam se soltássemos. Como é o caso de um jacu que chegou aqui no mês de março e estava cego. Ele possui um recinto adequado para a condição dele e não fica em exposição assim como outros animais”, detalha.
Na clínica do Zoobotânico há ainda dois tucanos, um bacurau e uma coruja que chegou com uma fratura em uma asa. Após cirurgia para implante de pino necessitará de fisioterapia e se estiver apto ao voo será reintegrado a natureza. “Procuramos sempre devolvê-los ao local em que foram resgatados, mas realizamos um estudo da região em parceria com a Fundema e muitas vezes soltamos na Reserva Particular do Patrimônio Natural Chácara Edith”.
“Os animais que estão alojados no parque sem condições de soltura fazemos um trabalho com os visitantes e estudantes dentro da educação ambiental. Trabalhamos com conscientização, preservação da fauna e flora”, finaliza Milene.