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VÍDEO – “Caótico e perigoso”: motoristas relatam dia a dia de engarrafamentos na rodovia Antônio Heil

Trecho, próximo ao trevo da BR-101, é considerado perigoso para moradores de Brusque e Itajaí

VÍDEO – “Caótico e perigoso”: motoristas relatam dia a dia de engarrafamentos na rodovia Antônio Heil

Trecho, próximo ao trevo da BR-101, é considerado perigoso para moradores de Brusque e Itajaí

Não tem hora ou dia certo para o engarrafamento começar na rodovia Antônio Heil (SC-486) próximo ao trevo com a BR-101, em Itajaí. Contudo, o trânsito congestiona diariamente durante os horários de pico, durante a manhã e no fim da tarde.

O jornal O Município acompanhou a hora de pico no fim de tarde na rodovia. Confira os relatos de quem convive com o trânsito caótico na reportagem em vídeo:

 

Mudanças na rotina

rodovia Antônio Heil
Luiz Antonello/O Município

A empresária Ísis Fernanda Krug explica que o transtorno é causado pelo congestionamento abaixo do viaduto na BR-101. “É muita movimentação de veículos. O pessoal se encontra no trevo e nenhum sabe a preferência do outro. Um passa na frente do outro”, relata.

Ela destaca que o trânsito fica parado principalmente nos dias de chuva. Porém, o fluxo é ainda maior nas sextas-feiras após o horário comercial.

“Nós que trabalhamos aqui, se fecharíamos às 18h30, normalmente aguardamos até umas 19h30 ou 20h para liberar o trânsito e ir para casa. A gente mora mais ou menos 1 quilômetro de distância da loja e precisa afazer o retorno abaixo do viaduto. Então, é obrigatório sairmos mais tarde por causa disso. Teve caso que saímos daqui 21h, pois não tinha condições, tudo trancado. Ficamos aguardando”, continua.

Já o gerente comercial Tarcísio Tomasi aponta que o trânsito é pior de manhã no sentido Brusque e de tarde sentido Itajaí. “A região cresceu demais. São muitos empreendimentos logísticos, o fluxo de caminhões mais do que dobrou, mais os carros, está dando o estrangulamento que chega a levar de 2 a 3 horas para aliviar”, explica.

Luiz Antonello/O Município

Segundo ele, trafegar um espaço de 400 metros pode levar mais de meia hora nos piores dias. “Hoje faço um horário diferenciado, saio uma hora antes de casa e tento sair uma hora antes do meu trabalho, para poder fugir dos gargalos que tem dado. Às vezes é possível, a maioria das vezes mesmo assim não está surtindo efeito, principalmente no horário da saída”, aponta.

Tarcísio complementa que o trânsito na Antônio Heil e BR-101 também afeta os motoristas, que possuem caga de horário. “O atraso faz toda a diferença para eles neste trajeto”, completa.

Google My Maps/O Município

 

Riscos altos

Outra questão apontada por trabalhadores e motoristas no local é o uso de outras vias além da rodovia Antônio Heil. Isso inclui as vias exclusivas de acesso de empresas, por dentro dos postos de combustíveis, pelo acostamento e as vias destinadas aos ciclistas.

O motorista de caminhão Gelson Parizotto relata que muitos condutores ultrapassam pelo acostamento. “Eles não respeitam a fila, tornando a via perigosa para pedestres e ciclistas. Nós que conduzimos caminhões de cargas perigosas cuidamos bastantes com a segurança. O trânsito se torna muito pesado, estressante e cansativo, os risco é muito grande de acidente e engarrafamento, a gente vê isso todo dia”, conta.

rodovia Antônio Heil
Luiz Antonello/O Município

 

Diversos ciclistas acabam tendo que lidar com o perigo, aponta o motorista de caminhão e ciclista Paulo Roberto. “É preciso conscientizar esse motorista, quando passam pelo posto ou pela lateral da pista, onde quem sai do trabalho usa para ir embora. O horário acaba sendo caótico e muito perigoso”, continua.

Luiz Antonello/O Municíp

Mais responsabilidade

A irresponsabilidade de motoristas também destacada por Ísis. “Pela pressa, eles acabam invadindo a pista dos ciclistas. Muitas vezes eu também sou uma ciclista, busco a minha menina na escola, porque não tem a possibilidade de todo dia de meio-dia fazer essa volta. Então, é muito mais viável ir de bicicleta e acabo vendo esses casos. É a única via para ciclistas e não respeitam”, desabafa.

O motorista de caminhão Clovis Ramos detalha que o trânsito na BR-101 fica parado até a entrada de Navegantes. “É muito veículo e não tem como desviar, tem gente que anda mais no acostamento do que na própria pista, tem que cuidar. Os motoqueiros são uns coitados, pegam o meio da pista, saem buzinando e der o que der, é comum ter um acidentado. E isso é um problema, o caos aumenta”, complementa.

“Portanto, é preciso mais de responsabilidade, se colocar no lugar do outro. A via tem um histórico de acidentes”, completa Ísis.

Luiz Antonello/O Município

Obras de interseção na rodovia Antônio Heil

Os motoristas e comerciantes apontam o tráfego é caótico devido ao trevo na BR-101, que causa transtornos há anos. “Hoje, é crucial sair as alças de acesso para poder facilitar, tanto para a população local como quem precisa ir para Curitiba [PR] ou Florianópolis”, ressalta Tarcísio.

As obras de implantação da interseção da rodovia Antônio Heil com a BR-101 ainda não tem previsão para serem iniciadas. Em junho, o jornal O Município apurou que o governo de Santa Catarina atua em negociações com a empresa contratada e um cronograma só será divulgado após as definições entre as duas partes.

Em síntese, o projeto prevê a interseção do tipo trevo, com viaduto no entroncamento das duas rodovias, em Itajaí. Assim, serão instalados dois viadutos marginais e quatro alças de acesso, para dar maior fluidez ao tráfego de veículos.

“Existe a promessa que vai sair esse trevo para solucionar esse problema. Portanto, é necessária a paciência dos condutos, já que o poder publico demandará tempo para solucionar esse problema”, completa Paulo.

rodovia Antônio Heil
Luiz Antonello/O Município

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Em 7 de junho, durante visita à Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), Jorginho Mello anunciou as obras no local, além do investimento de R$ 80 milhões.

A visita fez parte do programa Santa Catarina Levada a Sério + Perto de Você, promovido pelo governo estadual para que Jorginho visite todas as associações de municípios do estado.

“Essa obra é uma demanda antiga da população do Vale do Itajaí, que vai trazer qualidade de vida, segurança e desenvolvimento”, disse o governador na ocasião.

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