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VÍDEO – Com movimento intenso no Dia de Finados, brusquenses visitam familiares nos cemitérios

Cemitério Parque da Saudade estava repleto de fiéis que acompanharam as missas

O Dia de Finados movimentou os cemitérios de Brusque nesta terça-feira, 2. Milhares de pessoas saíram de casa para homenagear e relembrar os parentes e amigos que já se foram.

Com o clima favorável, o Parque da Saudade, o maior cemitério da cidade, registrou grande quantidade de pessoas para acompanhar a missa das 8 horas.

No cemitério do bairro Santa Terezinha, grande movimento foi registrado durante  a missa das 9 horas. Os fiéis acompanharam a celebração dos túmulos dos familiares e entes queridos.

Instituído oficialmente no século 13 pela Igreja Católica, a data tem como objetivo que as pessoas rezem pelos mortos. Neste dia, os parentes podem ir às missas e aos túmulos para rezar pelos entes queridos.

No cemitério Parque da Saudade, missa das 8h estava lotada de fiéis Foto: Lorena Polli/O Município

Visita aos entes queridos

No cemitério Parque da Saudade, o pai Armelino José de Souza, de 91 anos, e a filha, Rosana de Souza, visitaram os túmulos dos familiares e amigos.

Segundo Rosana, a família perdeu a mãe, de 79 anos, em dezembro do ano passado, pegando todos de surpresa. “Então estamos aqui, rezando pela mãe e por todos os mortos da família que já se foram”, conta.

Ela relata que Armelino sempre foi com a esposa ao cemitério, além de visitar em Major Gercino e Nova Trento, onde possuem parentes e amigos enterrados.

Para ela, a data é um alento e uma forma de aproximação com os entes queridos. “Com a vida agitada que temos, hoje é um dia de reflexão, oração e pensamento para eles”, ressalta. Já Armelino, além da data em si, considera importante rezar pelos entes todos os dias.

Armelino de Souza e a filha Rosana vieram o cemitério Parque da Saudade rezar pela mãe e entes queridos Foto: Lorena Polli/O Município

Tradição 

Ainda no cemitério Parque da Saudade, a moradora do bairro São Luiz, Deonilda Suave, limpa e decora os túmulos dos familiares.

Ela, que já tem como tradição visitar os túmulos na data anualmente, ficou responsável pela função neste ano, que é delegada entre os parentes vivos. Deonilda considera a data de muita emoção, principalmente por lembrar dos entes queridos e sentir saudades.

Neste ano, Deonilda ficou responsável pela limpeza e decoração dos túmulos dos familiares Foto: Lorena Polli/O Município

Já a residente do bairro Azambuja, Silvia dos Santos Jacinto, além de visitar o cemitério anualmente no feriado, também vai ao cemitério todos os sábados.

“Eu fui educada desde criança pelos meus pais e todo sábado estou no cemitério. Hoje visitei meus pais, às 9h irei na missa que mandei rezar para vários que partiram. Também fui ver os túmulos dos meus amigos. É o dia deles, se pudesse, ficava aqui o dia todo”, conta.

Ela relembra que a mãe faleceu quando ela nasceu, e já eram em nove irmãos. Desde a morte da mãe, que estava enterrada no Moura, em Canelinha, o pai levava todos os filhos no Dia de Finados. Recentemente, o corpo dela foi transladado e trazido para Brusque.

“Perdi minha madrasta há três meses, que considero a minha mãe que me criou. De tarde ainda vou para Canelinha cuidar do túmulos dos meus avôs, já que meu pai pediu para manter o cuidado lá”, destaca.

Além do Dia de Finados, Silvia visita os túmulos dos familiares e amigos todos os sábados Foto: Lorena Polli/O Município

Oração no cruzeiro

O casal Cesinando Alves e Helia da Silva de Lima, moradores do bairro Volta Grande vieram até o cemitério São Judas Tadeu, no bairro Águas Claras, para orar por seus entes queridos.

Como ambos não são naturais de Brusque, alguns dos parentes e até mesmo filhos, estão enterrados em outras cidades. Por isso, eles fazem a oração para eles no cruzeiro do cemitério. Além disso, acendem velas aos familiares já falecidos próximo ao local.

De acordo com Cesinando, o ato já é uma tradição e todo dia de finados eles rezam. Para Helia, que tem os parentes enterrados no Rio de Janeiro (RJ), é importante orar e acender velas para as almas deles.

“Temos que mostrar a luz aos nossos entes queridos. O católico acredita na ressurreição, então devemos iluminar o caminho deles, onde estiverem”, destaca.

Casal que possui parentes enterrados em outras cidades, faz orações no cruzeiro, no cemitério São Judas Tadeu Foto: Lorena Polli/O Município

Confira os vídeos

Moradores acompanhando a celebração no cemitério do Santa Terezinha Lorena Polli/O Município

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