VÍDEO – Luan Carlos brada pelo fim do VAR no Brasil após Brusque x Sampaio Corrêa
Indignado com erros crassos de arbitragem, treinador discursou também contra a CBF, mas reconheceu atuação irregular de sua equipe
Indignado com erros crassos de arbitragem, treinador discursou também contra a CBF, mas reconheceu atuação irregular de sua equipe
O técnico Luan Carlos voltou a criticar duramente a arbitragem e clamou pelo fim do VAR no futebol brasileiro, desta vez por conta da anulação do gol legítimo de Patrick, no segundo tempo de Brusque 1×1 Sampaio Corrêa, nesta quinta-feira, 4, pela 22ª rodada da Série B. A coletiva de imprensa foi aberta pelo presidente Danilo Rezini, que também reclamou dos repetidos erros de arbitragem e disse que o clube vai tomar as medidas que estão a seu alcance, mas já afirmou que não espera que a situação mude.
Luan Carlos comentou sobre as atuações do trio de arbitragem e do árbitro de vídeo, com críticas individuais e veementes. Também reconheceu a atuação irregular da equipe, citando fatores como desgastes físicos e mentais, mas sem querer cravar conclusões sobre os motivos da atuação.
O técnico do Brusque aponta dois erros cruciais no jogo: primeiro, o volante Ferreira recebe cartão amarelo ultrapassar o limite de aproximação da cabine do VAR, Contudo, não recebe um segundo cartão amarelo pelo pênalti cometido com a mão, bloqueando um cabeceio de Éverton Alemão em direção ao gol. O segundo erro é do VAR, ao anular erroneamente o gol legítimo de Patrick.
Na súmula da partida, está relatado o momento em que Luan Carlos interrompe a entrevista pós-jogo de Ygor Catatau no gramado ao repórter Ronaldo Fontana, do SporTV Premiere, para reclamar do VAR, mostrando o lance do gol anulado de Patrick com um celular. Ao fim da coletiva, o treinador foi orientado a gravar um pedido de desculpas.
Assista à coletiva de Danilo Rezini e Luan Carlos e leia destaques do treinador:
“CBF, a gente não quer nota de repúdio. A gente não quer pedido de desculpa. A gente quer aprimoramento do trabalho. Se nós temos a ferramenta, ela tem que ser bem utilizada, ou então esquece essa ferramenta. Porque ela está atrapalhando a arbitragem. Porque os bandeirinhas não estão acompanhando mais as jogadas. Eles estão esperando a decisão do VAR. Eles estão apitando só com o recurso! A responsabilidade segue sendo deles em campo. É grave, isto. É grave, é muito grave.”
“Vão me chamar de chorão. Vão falar que só tô reclamando e esquecendo do meu time. Não! Eu tô relatando algo que é sério! Eu tô relatando algo que é urgente! Tá feio! Tá ridículo! Já deu, CBF! Nós precisamos de um posicionamento que não seja só em palavras. Mas que seja em atitude.
“Vocês cobram tanto de nós, treinadores, esses cursos caros que vocês promovem! Que só pode trabalhar com estes cursos caríssimos de vocês! E a arbitragem, não tem que se qualificar? Não tem que buscar qualificação, organização? Respeito! A gente pede respeito também!”
“Eu não tô aqui insinuando que é algo específico ao Brusque, porque os erros estão gerais. Mas tem alguma coisa muito estranha. Eu espero muito que seja só incompetência. Eu espero muito que seja só a operacionalização da ferramenta, que eles não tão sabendo. E vou fazer um pedido para a CBF. Um só: exclui o VAR da competição. Chega, já deu. Já tá feio demais. Porque nós estamos induzindo a arbitragem a apitar esperando o VAR. Tá feio! Tá ridículo! Já deu!”
“O que tem que ser feito é corrigir a raiz do problema. Não é querer fazer coisa bonita para chamar a atenção: ‘ah, nós punimos fulano e ciclano’. Não é isso! O que tem que fazer é resolver o problema: tira o VAR do campeonato! Repito: tira o VAR da competição! Tá muito feio! A arbitragem tá sendo prejudicada pelo VAR! Eles estão apitando esperando o VAR. Chega! Tira isso do campeonato! Chega!”
“Não são só os três pontos perdidos. É a forma como a nossa equipe não cresce na competição devido a estes erros brutais. (…) Não tem que ter VAR no Brasil. Não deu certo. Tentamos. Não deu, tira. Tá em tempo, porque tá feio demais. Tá em tempo de tirar.”
“Hoje foi um jogo abaixo, da nossa equipe. A gente não conseguiu render da forma que a gente esperava. Hoje eu senti que houve um desgaste físico além daquilo que a gente imaginava. A gente tinha feito um planejamento de recuperação e acho que não conseguimos alcançar com êxito este planejamento.”
“Acho que nossa equipe sentiu um pouco. Até o próprio Wallace, que vem de uma sequência pesada, sentiu um desgaste muito grande. É natural. É normal. A gente não conseguiu performar da forma com que a gente poderia ter performado. Acho que num determinado momento do primeiro tempo, a gente entrou bem, conseguiu desenvolver, mas faltou constância. Acho que a gente poderia ter tido uma frequência maior de ações e não conseguiu tanto.
“O adversário também teve uma proposta interessante, soube se posicionar bem no campo. O Léo Condé é um grande treinador, veio com uma estratégia muito bem definida. E a gente tentou criar soluções para furar esta estratégia. Em alguns momentos conseguimos, em outros não. Não foi nossa melhor apresentação no campeonato, mas acho que a gente fez um bom jogo.”
“Foi o gol que eu mais comemorei pelo Brusque. Porque o Alex Sandro é um menino muito do bem. É um menino muito do bem. E acredite: por mais que a gente saiba que nós, profissionais, não podemos nos envolver com as críticas, não podemos nos abalar — nós não podemos, nós não devemos — mas não tem jeito. E o Alex, por um momento, acreditou que realmente não podia. Ele acreditou que realmente não podia. Acreditou nas vozes externas. Não pode. Nunca deixe de acreditar no potencial que você tem, independente do que a outra pessoa te fala. O Alex Sandro é um dos melhores jogadores do nosso elenco.”
“Muita força, muita qualidade. Um cara super do bem, trabalhador, humilde, merece muito. Já é o terceiro jogo seguido dele como titular. E pela terceira vez consecutiva ele consegue nos ajudar, hoje com gol. Mas nem sempre vai ser com gol, ele não é o responsável imediato pelo gol. A responsabilidade dele é ajudar a equipe, e ele tem nos ajudado.”