VÍDEO – Waguinho Dias, sobre permanência na Série B: “Tinha que ser perante o torcedor”
Técnico celebra nova conquista na história do clube e fala sobre momentos decisivos na temporada
O técnico Waguinho Dias respondeu às perguntas dos jornalistas após o triunfo do Brusque sobre o Operário-PR, pela 37ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. A vitória garantiu o quadricolor na segunda divisão nacional em 2022.
O treinador fez alguns agradecimentos pontuais. Afirmou que quer continuar no comando do clube em 2022, e projetou a última partida da temporada, fora de casa, diante do Goiás. Também afirmou que o quadricolor poderia ter obtido mais em partidas específicas, e avaliou o impacto de jogar com três pontos a menos, por conta da punição, depois anulada, no pleno do STJD pelo caso de injúria racial.
Assista à coletiva na íntegra abaixo e leia algumas aspas de Waguinho Dias:
Futuro
“Acredito que tanto a diretoria, a presidência, e nós que estamos aqui vamos precisar de um planejamento melhor, um planejamento maior, porque houve no Brusque uma manutenção em uma Série B. Tem um calendário de um Campeonaot Brasileiro que é rentável, uma visibilidade enorme para o clube e para a cidade. Tem que pensar. E não tinha como pensar antes de consolidar.”
“A partir deste momento, vamos ver se existe interesse por parte da diretoria [de renovação de contrato], de minha parte, sim. Vamos conversar e ver o que é melhor para o Brusque. Mas meu interesse é de ficar.”
“Tinha que ser marcante”
“Tinha que ser perante o torcedor, tinha que ser na última partida em casa, e ficar marcante para a história, para o clube, para o ano. Perguntei aos nossos atletas: ‘o que queremos enxergar no nosso retrovisor no ano de 2021, na última partida em casa perante o torcedor, perante uma situação de justiça feita ontem [devolução dos pontos na punição por injúria racial], o que nós temos que teixar marcado para o término do campeonato em casa? É o último jogo em que estamos todos juntos’.”
Último jogo e fator psicólogico
“Queremos fazer o Edu ser o artilheiro da competição, queremos terminar com o maior número de pontos possível.”
“Não tenha dúvida, o fator psicológico influencia demais. Quando eu cheguei, nós já perdemos três pontos. Então estávamos jogando sempre próximos de uma zona de rebaixamento, com uma sensação muito horrível de que tava tudo dando errado. Então, quando você está tranquilo e vai ganhando entrosamento, confiança, moral, o futebol começa a aparecer, e foi o que aconteceu hoje. Concordo que foi um dos melhores jogos que nós fizemos. Mas o fator psicológico, a pressão que estava em cada um de nós com a perda dos pontos… É muito difícil o que nós passamos.”
“Em todo final de competição você vai jogar com uma equipe que vai ser rebaixada ou que está para entrar no G-4, ou que está no G-4. Então todos os jogos se tornam finais, e muito difíceis. Então você tem que ter um equilíbrio emocional enorme.”
Crescimento
“O Brusque fez o auge da minha carreira, sendo campeão brasileiro. Eu fui campeão brasileiro com o Brusque. Então é lógico que a minha dívida é muito grande com o Brusque. (…) Na Série D, adquirimos um terreno, uma situação para o Brusque. Depois, você tem que tentar pensar, construir. Esta construção veio com a Série C, uma continuidade da D. Por término, vem o principal ao Brusque. A Série B. Financeiramente é muito viável, a visibilidade, os patrocinadores, a situação que entra. Com a Série B, tenho certeza que, hoje, fiz o alicerce desta casa. Criei a base. Estou edificando para que siga firme, paraque não seja de areia. Então nós conseguimos, na minha opinião, comprar o terreno, fazer um alicerce, fazer uma base, para que o Brusque possa crescer.
“Todos nós sabemos da estrutura que se precisa ter. A diretoria sabe, o presidente sabe. Precisa ter um campo de treinamento adequado, situações todas, precisamos de uma academia, precisamos, sim, de um CT que você possa chamar de casa. E depois, ter o próprio estádio. Então, acredito que a manutenção na Série B é este tijolo, é este alicerce para que isto aconteça. Porque se o Brusque não fica, ia ser financeiramente muito ruim.”
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Waguinho