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Vigilância Sanitária avalia qualidade da água de Brusque

Relatório mensal analisa diversos itens, como a incidência da presença de coliformes e turbidez da água tratada

Para informar a população quanto aos parâmetros da qualidade da água para o consumo em Santa Catarina, a Diretoria da Vigilância Sanitária (Divs) disponibiliza mensalmente o boletim da qualidade da água para consumo humano dos municípios. O Município Dia a Dia obteve, junto ao órgão, análises da qualidade da água distribuída em Brusque, com base em diversos parâmetros.

De modo geral, a Vigilância não fez considerações negativas sobre a água captada e distribuída pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), sobretudo pela ausência, nas amostras coletadas aqui, do principal indicador de contaminação da água, a bactéria Escherichia coli, agente que, entre outras coisas, indica a presença de fezes na água.

Durante o mês de setembro, último que teve os dados divulgados pela Divs, foram realizadas 39 coletas da água produzida no município, em diversos pontos localizados em sete bairros. As amostras da água foram coletadas em duas datas diferentes: uma no começo do mês (09) e outra no fim (22).

Segundo a Gerência de Saúde Ambiental da Vigilância Sanitária estadual, os relatórios servem para garantir que a água consumida pela população atenda ao padrão de potabilidade estabelecido na legislação.

A gerência explica, em nota enviada por e-mail, que atua para isso em duas frentes. A primeira, de caráter preventivo, contempla o monitoramento da qualidade da água distribuída ao consumidor e também pela fiscalização da forma de produção da água potável. A segunda, de caráter investigativo, se caracteriza pela atuação em situações de emergências e surtos relacionados a doenças de transmissão hídrica.

Basicamente, o monitoramento realizado pela Vigilância segue alguns parâmetros principais, identificados com base nas coletas. Os parâmetros que servem para avaliação da qualidade da água para consumo humano levam em conta os níveis de turbidez, cloro residual livre e fluoreto, e a presença ou não de coliformes totais e da bactéria Escherichia coli.

A Divs ressalta, porém, que seus relatórios e atuação são de forma complementar, e que, em última análise, cabe ao município avaliar a qualidade do produto que distribui. “Cabe ao município fazer suas avaliações mensais dos parâmetros da qualidade da água e tomar as medidas administrativas cabíveis”, diz o órgão, em nota.


Samae analisa a água a cada uma hora e meia

O diretor-presidente do Samae, Roberto Bolognini, diz que há, em Brusque, quase 160 pontos de coleta de água para análises químicas, e que o Samae faz isso a cada duas horas na estação central e a cada uma hora e meia nos sistemas isolados de tratamento.

Ele diz que é possível que ocorram contaminações na água, como as registradas no relatório, ao qual teve acesso. Isso se dá, segundo Bolognini, por causa das seguidas rupturas de rede.

Quando uma delas rompe, água em boas condições é jogada para fora dos canos, e parte, devido à pressão, é sugada de volta, após ter tido contato com potenciais elementos poluidores. Com isso, os produtos químicos destinados a controlar focos de contaminação acabam por não dar conta da demanda, nesses casos.

“Mas isso é uma coisa pontual, que em pouco tempo é resolvida. Terminando o efeito deste rompimento, a tubulação recebe uma água com cloro gás ativo, que combate os focos de contaminação. A nossa ação é rápida, para que o efeito seja de pequena duração”, diz Bolognini.