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Vigilância Sanitária investiga caso suspeito de leishmaniose cutânea em Brusque

Animal possivelmente portador da doença foi atendido pela Zeca Clínica Veterinária

A Vigilância Sanitária de Brusque enviou ao Laboratório Central, em Florianópolis, amostra para comprovar se um cachorro atendido no município é portador da leishmaniose cutânea. Seria o primeiro caso na cidade. O animal foi diagnosticado primeiramente pelo médico veterinário José Antônio Gesser Junior, proprietário da Zeca Clínica Veterinária.

O veterinário conta que recebeu o cachorro da Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra) na terça-feira, 13. Pelo exame clínico, suspeitou que se tratasse de leishmaniose.

“Fizemos um teste rápido de sangue, que comprovou que o cachorro tinha anticorpos. É um sinal de que o animal já havia sido exposto ao protozoário. Então, entramos em contato com a Vigilância Sanitária”, explica Junior.

A Prefeitura de Brusque informa que, de acordo com o veterinário da Secretaria de Saúde, o caso ainda é tratado como suspeito, apesar do teste rápido ter dado positivo. Ele será confirmado como uma zoonose (doença infecciosa que podem ser transmitida de animais para humanos) com o resultado do exame confirmatório.

A previsão é que o laudo final saia no dia 19, próxima segunda-feira. Somente depois é que a prefeitura terá mais informações.

O cachorro era um animal de rua, que estava no bairro Águas Claras. Ele foi resgatado pela Acapra já bastante debilitado. Segundo o veterinário, o tratamento para o animal sairia muito caro e ele já estava bastante machucado, por isso praticada a eutanásia dele, ou seja, foi sacrificado.

De acordo com Junior, mesmo preso o animal oferecia risco, pois um mosquito poderia picá-lo e espalhar a leishmaniose.

A doença
A leishmaniose pode ser transmitida para humanos. O mosquito pica uma pessoa ou animal portador da doença e depois a redistribui. Esse tipo de enfermidade, quando descoberta, deve ser obrigatoriamente informada às autoridades de saúde.

Segundo Junior, a informação da Vigilância é que na região do Águas Claras existe o mosquito-palha, que pode transmitir a doença para humanos.

A doença não é fatal para humanos, mas causa bastante incômodo. O primeiro sinal é um nódulo no local da picada do mosquito. Isso evolui para uma ferida aberta, porém indolor.

A tendência é que a ferida cicatrize-se sozinha dentro de dois a 15 meses, sem precisar tomar remédio. Porém, em casos mais graves, quando há feridas na garganta, boca e nariz, é indicado tratar com remédios, cremes ou até injeções.