Vigilâncias intensificam fiscalização contra a dengue
Agentes comunitários de saúde foram mobilizados para ações de conscientização junto aos moradores
Agentes comunitários de saúde foram mobilizados para ações de conscientização junto aos moradores
Mesmo sem registros de contaminações ou focos de dengue nos municípios, as vigilâncias Sanitária e Epidemiológica de Guabiruba e de Botuverá intensificaram a fiscalização e as palestras relacionadas ao Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença. O motivo principal do reforço é o número de focos e de casos confirmados em Brusque, cidade que faz divisa com os dois municípios.
Em Guabiruba, dois agentes de endemias são responsáveis por se deslocar, toda a semana, entre os pontos estratégicos – cemitérios, borracharias e floriculturas – e entre as 55 armadilhas montadas em pontos específicos dos bairros. Recentemente, a Vigilância Epidemiológica realizou palestra aos agentes comunitários de saúde para solicitar apoio nas ações de conscientização das comunidades.
“Pedimos para que eles nos ajudem a conversar com a população e que nos ajudem a orientar os moradores. Esse trabalho de prevenção precisa funcionar em parceria. Também pedimos para que a população denuncie locais que têm água parada em pneus, e também terrenos baldios com lixo e entulho”, esclarece a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Ana Lucia Tolentino.
Com os registros de Brusque e com o aumento da divulgação nos meios de comunicação, as denúncias em Botuverá tiveram acréscimo de 30%. A informação é do técnico em Vigilância Sanitária do município, Maicon Everton dos Santos. Segundo ele, os moradores estão preocupados com a possibilidade de proliferação do mosquito na cidade.
“O pessoal fica preocupado porque Brusque é cidade vizinha e o fluxo de pessoas entre as duas cidades é muito grande. Então, eles estão denunciando mais casos de locais que possam ter água parada. E como tem focos em Brusque e Itajaí, seria questão de tempo para chegar até aqui. É um efeito cascata. Por isso é fundamental não deixar água parada. Cada cidadão também é responsável por prevenir-se”, afirma dos Santos.
Botuverá conta com 17 armadilhas e com cinco pontos estratégicos mapeados. Um agente de endemias é quem percorre os locais e refaz as armadilhas uma vez por semana. Assim como Guabiruba, Botuverá também reuniu os agentes comunitários de saúde para repassar informações e para distribuir folders.
Brusque
Mais três focos de dengue foram detectados no Nova Brasília, bairro com maior incidência. Os casos somam-se aos outros seis registrados anteriormente. A coordenadora do Centro de Vigilância em Saúde da prefeitura, Fernanda Lippert, alerta aos moradores da região para que ajudem na fiscalização e não deixem água parada: “Temos que trabalhar juntos, a responsabilidade é de todos nós”, diz.
O Santa Terezinha e o Bateas, com dois focos, e o Centro, o Cedrinho e o Santa Rita, com um foco cada, são os outros bairros com registros. A vigilância confirmou três pessoas infectadas até o momento. Todas elas, no entanto, contraíram a doença fora de Brusque. Dos outros cinco pacientes que apresentavam sintomas, dois já foram descartadas e três ainda aguardam resultado de exames.