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Violência praticada por pessoas em situação de rua em Brusque é discutida por vereadores

Jean Pirola defende que Brusque siga modelos de outros municípios para coibir violência

O principal assunto discutido na sessão da Câmara de Vereadores de Brusque nesta terça-feira, 20, foram problemas com pessoas em situação de rua que vivem na cidade. Os vereadores relataram violência praticada por estas pessoas e cobraram medidas enérgicas da prefeitura.

O vereador Jean Pirola (PP) exibiu vídeos de brigas entre pessoas em situação de rua na rodoviária de Brusque. “Infelizmente, [a rodoviária] é um ponto de consumo de bebida e droga, um ponto de encontro de moradores de rua, daqueles que não fazem nada o dia todo”, diz.

Além disso, Pirola citou ações tomadas pelas prefeituras de Chapecó, Balneário Camboriú, Criciúma e Florianópolis, e avalia que, por Brusque não tomar medidas enérgicas relacionadas às pessoas em situação de rua, elas deixam estes municípios citados e vêm a Brusque.

“Todos os dias acontecem encontros desse pessoal que só bebe cachaça, o tal do Corote, usam drogas e incomodam as pessoas que estão trabalhando ou fazendo outra atividade”, protesta o parlamentar. Ele relata que sempre são feitas diversas cobranças à prefeitura por medidas, e avalia que nada muda.

O vereador Rodrigo Voltolini (DC) defendeu a realização de abordagens às pessoas em situação de rua, criticou a Secretaria de Desenvolvimento Social e defendeu a saída da secretária Fabiana Gascoin, chefe da pasta. O parlamentar disse que “falta pulso” para tomar medidas com as pessoas em situação de rua.

Colega de partido de Rodrigo, o vereador Natal Lira (DC) saiu em defesa de Fabiana. “Eu acho que ela é uma mulher muito corajosa para sair noite adentro junto com policiais para realizar abordagens”, defende. Natal ainda chamou as pessoas em situação de rua que agridem e se envolvem em confusão de “bandidos”.

“Vão tomando espaço”, diz Deivis

Ex-secretário da antiga Assistência Social, o vereador Deivis da Silva (MDB) lembrou dos tempos em que chefiou a pasta e disse que uma das atitudes tomadas na época foi retirar as pessoas que moravam na rua em frente ao prédio dos antigos Correios, na avenida das Comunidades.

“Já falei várias vezes: estes grupos [de pessoas em situação de rua] têm determinados líderes. É preciso chamá-los e negociar para que saiam do local sem qualquer tipo de confronto”, sugere o parlamentar.

Deivis, assim como os demais vereadores, defendeu a intensificação de abordagens às pessoas em situação de rua. Ele também elogiou medidas tomadas pelas prefeituras de Chapecó, Criciúma e Florianópolis.

“Se você não tomar atitude, as pessoas em situação de rua vão tomando espaço. A abordagem tem que ser constante, até terminar a função da Assistência Social (nome antigo da Secretaria de Desenvolvimento Social)”.

O vereador Jean Dalmolin (Republicanos) também cobrou medidas para coibir problemas relacionados aos moradores em situação de rua. Ele avaliza o projeto para proibir o consumo de bebidas alcoólicas em via pública.

“A pessoa vai na farmácia no bairro Azambuja, sai do carro e já tem alguém (pessoa em situação de rua) abordando. Vai ao supermercado, tem alguém abordando. Vai ao terminal, tem alguém abordando”, protesta Dalmolin.

Resposta do governo

O líder do governo na Câmara, vereador Valdir Hinselmann (PL), disse que a prefeitura atua para implementar em breve a internação involuntária de dependentes químicos em Brusque. “Vamos começar a inibir esse pessoal que vem para Brusque e quer viver ‘na vida boa’”.


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