Um tema que sempre foi corriqueiro na vida do brasileiro, desde há muito tempo, é a violência.

Seja ela urbana, doméstica, trabalhista, a violência sempre esteve presente no dia-a-dia da população brasileira.

Contudo, nos últimos meses e até no último ano, vimos um aumento contraintuitivo nas taxas de criminalidade urbana no país.

Crimes como homicídios, assaltos, latrocínios e outros andam em alta independente do isolamento e do lockdown adotado por muito tempo em diversas partes do país.

Pensando nestes dados e em como a violência é um quadro comum no Brasil, sobretudo em áreas mais carentes em termos socioeconômicos, a ideia é ver hoje como a violência urbana pode ser tratada dentro de uma redação de vestibular.

Logo, ao longo do artigo iremos ver detalhes, argumentos e a estruturação do tema violência urbana em uma redação nota 1000.

Criminalidade e a violência no Brasil

De acordo com a plataforma Mundo Educação do UOL, a violência está presente no território brasileiro desde a sua fundação.

Por exemplo, na fundação do país, a coroa portuguesa se pautava na violência sobre negros e índios, para manter estes grupos escravizados no país durante este período.

Logo, a própria instauração do Brasil é pautada na violência, abuso e opressão de determinados grupos sociais em detrimento de interesses próprios.

Nos dias de hoje, vemos uma banalização da violência em telejornais e a violência também age como elemento para publicidade e estratégias de marketing de diversos políticos, empresas e veículos de comunicação.

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma das atividades que mais proporciona violência para onde ela ocorre é o tráfico de drogas, devido ao comando das localidades por traficantes e os embates com a polícia nestas áreas.

Contudo, quando o PCC dominou de forma hegemônica o estado de São Paulo, os índices de criminalidade e as taxas de homicídio diminuíram pouco a pouco.

Segundo pesquisadores do Fórum, isto ocorre pois um dos elementos que traz também a violência neste cenário é a competição e disputa territorial entre diferentes facções.

Ainda, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública nos traz a informação de que um dos fatores mais atrelados à violência urbana na sociedade é a desigualdade social.

Essa associação se pauta na concentração de homicídios, roubos e crimes violentos em bairros pobres.

Também de acordo com o Fórum, essa situação se torna ainda mais grave quando dialogam a desigualdade social e o racismo, de modo que o preconceito com o jovem negro faz com que esta classe seja 23.5% mais susceptível a um homicídio do que um jovem não negro.

Outro fator que contribui derradeiramente para a criminalidade e violência urbana é a organização do sistema carcerário e prisional do país.

Como nos traz o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a população prisional brasileira é uma das maiores do mundo, no entanto, cerca de 40% desta população nunca foi a julgamento.

Sobretudo, a maioria esmagadora de prisioneiros atualmente cometeu crimes não vinculados diretamente à vida, como por exemplo os relativos à drogas e a pequenos furtos.

Contexto de pandemia e a criminalidade

Desde o início do ano passado, o mundo foi assolado pela pandemia do coronavírus, o que por sua vez, impôs uma realidade totalmente nova para a população mundial.

Vivemos dias de isolamento, distanciamento social, uso de máscaras, fechamento de estabelecimentos e horários de funcionamento específicos para o comércio como um todo.

Várias medidas que foram tomadas como contenção ao avanço da pandemia nos levam a pensar que o índice de criminalidade urbana diminuiria.

Contudo, o que é visto é um relativo aumento em algumas categorias criminais ao longo deste período.

  • Crimes Virtuais
  • Crimes contra a mulher
  • Violência doméstica
  • Homicídios
  • Crimes patrimoniais

Ao contrário do que o senso comum nos traz, todas estas categorias tiveram suas taxas aumentadas ao longo da pandemia, em detrimento dos roubos, latrocínios e assaltos.

Os crimes contra a mulher e a violência doméstica são frutos da obrigatoriedade de permanecer em casa, em isolamento da população.

Quando a mulher vive com seu agressor, o contato entre ambos neste período é acentuado, de modo que as agressões domésticas podem se manifestar de maneira mais intensa e frequente.

Alguns dados que podem reforçar esta relação são o aumento, mesmo que em pequenas porcentagens, nas chamadas ao 190 em casos de violência doméstica, nos registros de feminicídio e também nos casos de homicídio doloso com vítimas femininas.

Já quanto aos crimes de homicídio, no início da pandemia, apresentaram um aumento de cerca de 10%, de acordo com o G1.

De acordo com alguns especialistas, os homicídios ocorridos ao longo da pandemia não são oriundos de embates e conflitos cotidianos, como por exemplo uma briga de bar ou desentendimento no trânsito.

Mas sim, relacionados à disputas territoriais que envolvem execuções que são previamente planejadas e estruturadas.

Ainda segundo especialistas, para o G1, este tipo de homicídio tende a ocorrer independente de onde a vítima esteja.

Como se trata de uma execução planejada, os executores vão atrás da vítima, não importando exatamente onde ela se encontra.

Conclusão

Apesar de o Brasil ser um país caracterizado pela violência urbana e social histórica, alguns crimes tiveram suas taxas aumentadas ao longo da pandemia, enquanto outros apresentaram uma queda significativa em suas taxas de ocorrência.

Para a realização de uma redação concisa e coesa sobre este tema, é necessário elencar as razões pelas quais estas taxas criminais sofreram alterações e também relacionar com a violência histórica no Brasil.

Ainda, o uso de dados que mostram o aumento ou queda de determinadas categorias criminais é essencial para reforçar e argumentar em cima de uma linha de raciocínio específica.