Viver Bem na Escola já atendeu 700 adolescentes em Brusque

Programa desenvolvido pela Unimed Brusque capacita estudantes para conversar sobre higiene menstrual, doenças sexualmente transmissíveis e prevenção de gravidez

Viver Bem na Escola já atendeu 700 adolescentes em Brusque

Programa desenvolvido pela Unimed Brusque capacita estudantes para conversar sobre higiene menstrual, doenças sexualmente transmissíveis e prevenção de gravidez

Para comemorar o quarto ano de atividades e entregar o certificado pela merecida participação no projeto, a Unimed Brusque reuniu na noite de terça-feira, 11, na sede da cooperativa, os 20 voluntários que integram o programa “Viver Bem na Escola”. O encontro foi organizado pela gestora de Responsabilidade Social da Unimed Brusque, Camile Rebeca Bruns, e contou com a presença de alunos da Escola de Ensino Fundamental Araújo Brusque e da acadêmica de Psicologia, Marcieli Dacio.

“Este foi o melhor ano do programa que, inclusive, recebeu o reconhecimento nacional. Iniciamos o projeto no final de 2015, mas os alunos entraram efetivamente em sala apenas em 2016. Durante este período já conseguimos atender cerca de 700 alunos com conhecimentos sobre higiene menstrual, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência”, explica a gestora de Responsabilidade Social da Unimed Brusque, Camile Rebeca Bruns.

Aplicado apenas na Escola Araújo Brusque, para estudantes a partir da sexta série, o programa Viver Bem na Escola já colhe resultados positivos. Prova disso é a queda no número de casos de gravidez entre os estudantes: ao iniciar o projeto, havia cinco adolescentes grávidas na unidade escolar. Hoje, apenas uma menina vive a gestação do primeiro filho, mas ela chegou transferida de outro colégio e, até então, não havia recebido as informações do projeto.

“Nós queremos refletir com os estudantes os impactos que atitudes inconsequentes trazem para vida deles. E a expectativa é que em 2019 mais voluntários se juntem ao projeto para que a gente consiga ampliar este atendimento para outras escolas”, detalha Camile.

 De adolescente para adolescente
É o quarto ano que a estudante Maria Cecília Korpauski participa do programa “Viver Bem na Escola”. No final de 2018, inclusive, ela se formou no Ensino Médio, mas, mesmo assim, quer continuar seu envolvimento voluntário em 2019.

“Faço parte da primeira turma que foi formada e reconheço o crescimento que o programa trouxe para a minha vida. Desde então sou voluntária e também quero fazer a diferença na vida de tantas meninas”, conta Maria Cecília, que agora vai se dedicar ao curso técnico em eletrônica,

Para Beatriz Disner, 15 anos, o Viver Bem na Escola ensinou a conhecer melhor seu próprio corpo e trouxe conhecimentos importantes sobre higiene íntima e relação sexual. “Agora, eu posso passar essas informações para outras meninas e, ao mesmo tempo, tenho muito mais cuidado comigo do que antes”, avalia.

Eliana Bispo, de 16 anos, destaca que a experiência de ser voluntária do programa foi positiva. “Acredito que nem toda adolescente consiga expor suas dúvidas para os pais. Então é mais fácil quando a gente conversa de menina para menina, principalmente quando temos acesso à informação correta”, garante.

Inicialmente, o Viver Bem na Escola era restrito à participação de meninas. No entanto, rapazes agora também integram o projeto, até mesmo pela necessidade que têm de falar sobre o assunto. Um deles é Endriel Pereira, de 17 anos. Ele foi convidado pela escola para participar do projeto. “Falamos sobre o uso de preservativo, sobre doenças sexualmente transmissíveis e sobre a saúde masculina. Os meninos também sentem vergonha de conversar sobre isso com os adultos, então fica mais fácil esclarecer as dúvidas entre nós”, salienta.

 Premiação
No mês de outubro, a Unimed Brusque foi contemplada com o Prêmio Nacional ‘Somos Coop – Melhores do Ano’, na categoria Cooperativa Cidadã, pelo desenvolvimento do programa Viver Bem na Escola. A solenidade, ocorrida em Brasília, reuniu lideranças cooperativistas, autoridades políticas e outros parceiros do movimento. Apenas na categoria vencedora, outros 120 projetos estavam inscritos.

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