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Readaptação à escola requer paciência dos pais e professores

Psicopedagoga afirma que é comum as crianças estranharem o início do ano letivo

Após um período de férias e com o início do ano letivo se aproximando, as famílias se preparam para a volta à rotina. Para os pais, o retorno à escola é um momento que requer atenção, principalmente por conta da readaptação dos filhos ao ambiente escolar.

A psicopedagoga Juliana Belli afirma que, dependendo da idade, é comum que as crianças se sintam inseguras e demorem mais para se adaptar.

Existem duas fases neste processo. A primeira é quando a criança está indo pela primeira vez à escola, e a segunda, é a readaptação, que é quando a criança está voltando para a aula.

“Quanto menor o estudante, mais difícil é a adaptação. O primeiro dia sempre é difícil para a criança que está começando, porque ela está chegando em um ambiente novo, conhecendo várias pessoas ao mesmo tempo”, explica.

A psicopedagoga diz que neste processo, é fundamental que os pais tenham paciência e tentem compreender a criança. Também é importante que o pai e a mãe se sintam seguros em relação à escola e conversem com os filhos sobre a nova rotina. “Muitas vezes os pais se sentem inseguros, culpados por ter que deixar o filho na escola, e isso acaba passando para a criança. Por isso, é importante sempre conversar com o filho e explicar que ele vai ficar um tempo na escola, mas que no horário combinado, o pai ou a mãe vem buscar para levar para casa”.

Caso a adaptação seja muito difícil, a escola pode ligar para os pais que tiverem disponibilidade para acompanhar o filho dentro da sala de aula por um período. “É interessante essa adaptação aos poucos, um dia o pai fica dentro da sala, no outro no lado de fora, até que a criança fique 100% segura. Existem crianças que vão precisar de um período maior de adaptação mesmo”, orienta a psicopedagoga.

Vínculo com a escola

Juliana afirma que é importante que a criança crie um vínculo com o novo ambiente, para isso, as escolas têm papel fundamental. “A professora que estará mais em contato com os alunos cria várias estratégias para fazer atividades mais lúdicas para criar um vínculo amoroso com essa criança. Isso é essencial para a adaptação, para que a criança se sinta amada na escola”.

A psicopedagoga diz que do berçário até o primeiro ano, as crianças são motivadas a ir para a escola pelo carinho à professora. Do segundo até o quarto ano, é o carinho pelos amigos que os motivam. “Eles acabam associando a figura da mãe com a professora, por isso, ela tem que ser muito amorosa, carinhosa. É um momento de amadurecimento. É preciso respeitar os limites das crianças”.