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Waguinho: “Será que não merecemos 5 mil pessoas para uma final no domingo?”

Técnico convoca torcida para primeiro jogo da final contra o Manaus (AM) e exalta confiança e desempenho do elenco

Waguinho Dias liderou o Brusque rumo à final da Série D do Campeonato Brasileiro, naquela que é a melhor campanha de um time catarinense na história da competição. Com 21 gols marcados em sete partidas no Augusto Bauer e sem sofrer gols há cinco partidas jogando em Brusque, o treinador quer uma presença ainda maior da torcida.

Depois de ter mais de 4,2 mil pessoas no jogo do acesso contra a Juazeirense (BA) e mais de 3,2 mil nas semifinais contra o Ituano (SP), o treinador pede lotação máxima no Augusto Bauer.

Grandiosidade do feito

“Representa muito mais para Brusque. Uma cidade fazendo aniversário, ganha de presente uma final de Campeonato Brasileiro, não por acaso. Foi um jogo totalmente bonito do Brusque, envolvente, bem taticamente, tecnicamente, psicologicamente. Numa pressão de se fazer dois gols, muitas vezes a bola pega fogo no pé, dá ansiedade, nervosismo, a cobrança do torcedor, e na pressa às vezes você não rende o que você pode. (…) Nossa equipe jogou como uma equipe grande, que sabe o que quer. Estou muito satisfeito.”

Corneta do torcedor

“É uma situação chata, porque se estamos trabalhando e conseguimos o que conseguimos até agora, acho que não tem que ter dúvida, que se intrometer do nosso trabalho. Do mesmo jeito que o torcedor tá ali, nós também estamos nervosos, queremos vencer. E é um tal de encher o saco, cara, de ficar falando ‘troca’, ‘tira esse’, ‘tá ruim’. Pô, se a gente não sabe o que tá fazendo, é brincadeira. Então o torcedor tem que entender o que nós queremos, o que nós buscamos, e se ele entende mais que nós, ele que venha trabalhar. Pô se a gente tá ali, no dia a dia, a gente sabe com quem tá lidando, quem vai entrar, em que momento pode…”

Substituição

“O Pirambu tem oito gols. O Pirambu nos deu o acesso, ele fez dois [gols na goleada decisiva por 4 a 0 sobre a Juazeirense (BA)]. Foi ele que nos deu o acesso, rapaz. Na hora que o Pirambu fez a assistência [para o gol de Thiago Alagoano], falei ‘olha como tá contribuindo, tá lutando’. Depois de perder o pênalti, aí sim eu tirei, já imaginando os pênaltis. E aquela obrigação novamente poderia ser muito ruim. Tirei por causa disso. (…) Tem que ter respeito. A gente sabe o que faz, tá na beira do gramado, a gente estuda todo dia, treina todo dia, estamos com os jogadores diariamente. Podem ficar tranquilos, que a gente sabe o que tá fazendo.”

Segundo jogo da final em Manaus

“Os mandos inverteram no momento certo. Se nós conseguirmos jogar o que viemos apresentando, e fazermos os gols aqui, nós conseguimos, num gramado bonito, estádio bom, saber como jogar e segurar. Jogar no sol, ou num segundo tempo abafado, ir atrás do resultado é difícil.”

Confiança

“Quando o Pirambu perdeu o pênalti, todos os torcedores começaram a gritar o nome do Brusque. Não precisa falar mais nada. Eles estão juntos conosco, estão entendendo, jogando junto. (…) Será que não conseguimos bater 5 mil pessoas aqui? Será que não merecemos 5 mil pessoas para uma decisão aqui no domingo? É o que peço aqui, 5 mil no Bruscão.”

Júnior Pirambu

“Se houver pênalti de novo, é ele quem vai bater. A confiança é nós pararmos de falar disso. Parar de citar isso e nem perguntar pra ele. Já acabou. Já passou, ele errou. Foi confiante, ele sabia o que ia fazer. Os jogadores todos apoiaram, e disseram o que já disse: ‘ele nos deu o acesso’. Hoje ele simplesmente errou. Eu não quero é que fale com ele sobre isso. Deixe o garoto em paz, deixa ele bem porque ele merece estar ali. Fez oito gols e vai ser o artilheiro da Série D do Campeonato Brasileiro.”